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Saúde

Bexiga cheia acorda 1 em cada 5 homens durante a noite

10 fevereiro 2011 - 20h31Por Redação Douranews, com Ig

Um em cada cinco homens americanos precisa se levantar pelo menos duas vezes por noite para esvaziar a bexiga o que, para alguns, pode ser um sinal de algum problema oculto ou mesmo contribuir para o enfraquecimento da saúde.

As idas freqüentes ao banheiro durante a noite têm o nome de noctúria, sintoma que pode indicar um problema de saúde, que pode ser desde uma infecção urinária e diabetes até falência cardíaca crônica. No caso dos homens, o aumento benigno da próstata pode também ser a causa do problema.

Para algumas pessoas, as constantes interrupções do sono podem causar problemas – contribuindo para sintomas de depressão ou mesmo quedas, principalmente em idosos.

Por outro lado, levantar-se durante a noite para urinar pode também ser normal. Se você toma muito líquido antes de ir para a cama, por exemplo, não vai ser nenhuma surpresa se sua bexiga der sinal durante o sono.

A noctúria também se torna mais comum com a idade. Parte disso está relacionada ao aumento dos problemas de saúde com o passar dos anos. Mas, a condição pode também estar relacionada à diminuição da capacidade da bexiga que ocorre com a idade, explica Alayne Markland, principal pesquisadora do estudo publicado na revista especializada Journal of Urology.

Com base em uma pesquisa de saúde encomendada pelo governo americano com uma amostra representativa nacional de americanos adultos, as descobertas da equipe de pesquisa dão uma visão mais clara de como a noctúria é um problema comum entre os homens.

Os pesquisadores constataram que, dentre 5.300 homens americanos com mais de 20 anos de idade, 21% relataram que no mês haviam se levantado pelo menos duas vezes por noite para urinar. No estudo, a noctúria foi mais comum em homens de raça negra (30%) do que de outras etnias (20%).

Não foi uma surpresa a constatação de o problema aumentou com a idade: apenas 8% dos homens entre os 20 e os 34 anos afirmaram ter o problema, comparados aos 56% acima dos 75 anos.

A maior incidência entre os americanos de origem africana é uma das descobertas mais interessantes do estudo, disse Markland, do Birmingham VA Medical Center e da Universidade do Alabama. O risco extra não foi explicado por índices mais altos de problemas de saúde dentre os homens negros, tampouco por disparidades raciais em educação e renda. Markland diz que estudos futuros devem tentar descobrir as razões da maior incidência de noctúria entre os americanos de raça negra.

Outros fatores ligados ao risco maior de noctúria são o aumento do volume da próstata, histórico de câncer de próstata, pressão arterial alta e depressão. Ainda não está claro se todos esses problemas são a causa ou o resultado da noctúria.

Markland explica, por exemplo, que o sono irregular causado pela noctúria pode contribuir para os sintomas de depressão. Por outro lado, homens que sofrem de depressão podem ter problemas de sono e serem mais propensos a levantar-se à noite para ir ao banheiro; neste caso, a vontade de ir ao banheiro pode não ser causada pela bexiga cheia.

A notctúria também pode ser um efeito colateral de alguns medicamentos, como os diuréticos usados no tratamento de pressão alta. Este estudo não incluiu informações sobre o uso de medicamentos por parte dos participantes.

Na opinião de Markland, a conclusão para os homens é que o desconforto causado pela noctúria deve ser informado ao médico. “Acho que qualquer pessoa que tenha interrupções do sono duas ou mais vezes por noite deve consultar o médico”, disse ela.

Se a culpa disso é um problema de saúde oculto, como o diabetes, então é importante tratar desta questão. Neste caso, Markland diz que mudanças de estilo de vida pode ser a solução.
“Evitar cafeína e muito liquido à noite pode ajudar”, ela observou, assim como outras táticas de estilo de vida, como ajustar os hábitos de sono.

Um estudo recente, realizado com adultos acima dos 56 anos de idade que sofriam de noctúria, constatou que mudanças no estilo de vida – como a restrição de líquidos, a limitação do tempo excessivo na cama, a prática diária de exercícios e a proteção contra o frio durante o sono – ajudaram mais da metade dos pacientes a reduzir significantemente o número de idas ao banheiro durante a noite.

Existem também medicamentos específicos para tratar a noctúria e a hiperatividade da bexiga. Dentre eles está uma versão sintética de um hormônio que evita a necessidade de urinar durante o sono, uma droga que bloqueia a habilidade de contração dos músculos da bexiga, e antidepressivos que dificultam o ato de urinar ao aumentar a tensão na bexiga.