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Saúde

Cordão umbilical é esperança para pessoas com leucemia

18 dezembro 2010 - 11h23Por Redação Douranews, com band

Uma notícia divulgada no final de novembro mexeu com a comunidade médica internacional. Uma menina de nove anos foi curada de leucemia, na Alemanha, por meio de um tratamento com células-tronco obtidas do tecido de um cordão umbilical. A notícia se espalhou mundo afora e aumentou as esperanças de cura.

No Brasil, ainda não há um sistema que permita colher células-tronco do próprio cordão umbilical, mas já existe uma rede eficiente para extrair sangue desta parte do corpo. A Brasilcord reúne entidades como o Inca (Instituto Nacional do Câncer) do Rio de Janeiro e quatro unidades em São Paulo: hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês e hemocentros da Unicamp e Ribeirão Preto. No restante do Brasil, funcionam as unidades de Brasília, Florianópolis, Fortaleza e Belém.

Atualmente, as células-tronco obtidas no sangue do cordão umbilical são utilizadas apenas para transplantes de medula óssea, indicado para pacientes com leucemias, linfomas, anemias e imunodeficiências congênitas. A cura total destas doenças, no entanto, requer um grande esforço.

Especialistas do Inca acreditam que o uso de células-tronco do próprio cordão umbilical possa ser utilizado em curto e médio prazo. No entanto, para que esta meta seja atingida será necessário um investimento altíssimo na rede pública.

Sangue umbilical

Enquanto a cura ainda não está disponível nos hospitais brasileiros, os bancos de sangue de cordões umbilicais buscam ampliar o atendimento ao maior número de pacientes possível. Atualmente, existem cerca de 8.000 bolsas nos bancos públicos. Desde 2004, 93 transplantes já foram realizados com o material coletado pela Brasilcord.

O cordão é uma das opções para o transplante. Quando o paciente não tem doador na família, a busca é feita no Redome (Registro de Doadores de Medula Óssea) e na Rede BrasilCord (dos bancos de cordão). De 2000 a julho de 2010, foram realizados outros 477 transplantes com doadores voluntários.

Para fazer a doação, a gestante precisa atender a critérios específicos. Dentre eles, ter entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, câncer e/ou anemias hereditárias, por exemplo.