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Saúde

Gordura abdominal pode aumentar o risco de câncer de mama

17 dezembro 2010 - 18h27Por redação douranews/com ig

Novas pesquisas revelam que mulheres na menopausa com acumulo de gordura abdominal ou com a cintura grossa em comparação ao tamanho do quadril podem enfrentar riscos mais altos de tumores nas mamas com receptor estrógeno (ER) negativo.

A equipe de pesquisa observou que tal distribuição de gordura corporal estava mais fortemente relacionada ao risco de desenvolver este tipo específico de câncer do que ao tipo ER positivo.

Este tipo de distribuição de gordura corporal não foi associado a um risco mais alto de outros tipos de câncer, segundo dados do estudo publicado no dia 15 de dezembro no Journal of the National Cancer Institute.

Quando o câncer de mama é do tipo receptor de estrógeno (ER) negativo quer dizer que o câncer não dispõe de receptores do hormônio feminino estrógeno, então o hormônio não estimula o câncer a crescer.

A equipe de pesquisa, liderada por Holly R. Harris, do Brigham and Women’s Hospital and Harvard Medical School de Boston, ressaltou que pesquisas anteriores já haviam sugerido que a composição da gordura corporal (como indicado pelo Índice de Massa Corporal, IMC) tem uma relação complexa com o risco de câncer. Por exemplo, ter o IMC alto já foi relacionado a um aumento no risco de câncer de mamas pós-menopausa, mas não do tipo pré-menopausa.

Por outro lado, os pesquisadores disseram que mulheres na menopausa com acúmulo de gordura em volta dos órgãos da região abdominal têm maior probabilidade de desenvolver condições de pré-diabetes conhecidas como hiperinsulinemia. Testes de laboratório mostraram que receptores de insulina podem promover o crescimento de células de câncer de mama.

Nas mais recentes investigações, Harris e seus colegas se concentraram em dados de mais de 116.000 mulheres que participam do Nurses Health Study II desde 1989, dentre eles a circunferência da cintura e do quadril, registrada em 1993.

Segundo os pesquisadores, o fato do câncer de mamas ER negativo ter sido mais fortemente relacionado à gordura abdominal e à proporção cintura-quadril do que o tipo ER positivo sugere que a forma que a distribuição da gordura corporal influencia nos riscos de câncer foge das trajetórias dos hormônios sexuais.

“As descobertas podem sugerir que um trajeto relacionado à insulina, por sua vez relacionado à gordura abdominal, esta envolvido no desenvolvimento de câncer de mamas na pré-menopausa”, escreveram os autores do estudo.