Até o mês de dezembro as atividades do Hospital da Mulher (HM), que hoje funciona com as especialidades em ginecologia e obstetrícia no prédio onde existia o Hospital Santa Rosa, serão transferidas para o Hospital Universitário (HU), mantido pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
A confirmação foi dada pela secretária de Saúde, Denise Nemyrovski, durante a coletiva de imprensa realizada pela prefeita Délia Razuk, com a participação da maioria dos secretários municipais, na sala de reuniões do CAM (Centro Administrativo Municipal). Denise também confirmou que está deixando o cargo por incompatibilidade com o acúmulo de funções remuneradas (ver matéria neste online).
A secretária também confirmou a realização de estudos para aumentar o repasse de verbas ao HU, para ampliação da estrutura física do Hospital da Vida, que passaria a acumular mais atribuições e a transferência do CAM (Centro de Atendimento a Mulher) para uma outra área ainda a ser definida, já que atualmente funciona anexo ao HM, cujas instalações deverão ser todas desocupadas.
Investigação
A mudança do HM para o HU também faz parte de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado ainda no começo do mandato do prefeito afastado Ari Artuzi, com o Ministério Público Estadual (MPE), depois reiterado pela promotora Cristiane Amaral Cavalcante, que recomendou o cancelamento do contrato de arrendamento da estrutura física do Santa Rosa firmado ainda na gestão do ex-prefeito Laerte Tetila.
Por conta desse contrato, assinado pelo prefeito Tetila na metade do segundo mandato, a Polícia Federal chegou a desencadear a operação “Owari” (ponto final, em japonês) que resultou na prisão de várias pessoas, entre as quais o então secretário de Saúde dele, João Paulo Esteves; o secretário de Saúde de Artuzi, Sandro Barbara; o filho do ex-prefeito, André Tetila; e o casal Sizuo e Helena Uemura, além dos filhos Eduardo, Eiko, Sizuo Jr e Fabiano, acionistas majoritários do Hospital Santa Rosa, entre outros que ainda respondem a inquérito policial.
