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Saúde

Sesau revela queda no número de pessoas infectadas pelo vírus HIV na Capital

15 outubro 2010 - 11h21Por Redação Douranews com Assessoria

“Fortalecendo parcerias para a promoção da saúde”. Este foi o tema de abertura do V Seminário Municipal de DST/Aids, voltado aos gestores e conselheiros de saúde em Campo Grande, apresentando ainda a diminuição no número de campo-grandenses infectados pelo vírus HIV. O evento aconteceu nesta quarta-feira (13) no auditório da Escola de Saúde Pública, em Campo Grande.

Entre os principais objetivos da organização está a analise do atual programa de combate e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e Aids, o fortalecimento de parcerias para vencer a luta contra a Aids, bem como escolas, empresas e entidades públicas e privadas. Também foi divulgado o quadro epidemiológico da Capital, com importante redução no número de crianças contaminadas, o percentual caiu pela metade, chegando a 50%.

Na contramão da boa notícia, está o aumento de infecção entre jovens de 13 a 19 anos, homens e mulheres, no público com mais de 40 anos e na melhor idade, a partir dos 60 anos. A coordenadora municipal do programa de DST/Aids, Gisele Maria Brandão de Freitas, comentou a importância de se conseguir um espaço para interlocução da sociedade, buscando a produção de políticas públicas de combate a doença. “Também faremos um balanço do programa municipal em vigor e já discutir novas metodologias para o ano de 2011”, explicou a profissional.

Uma das convidadas foi a técnica do Controle Estadual de DST/Aids, Adriana Varela que pontuou a perseverança e o compromentimento no trabalho dos envolvidos. “A grande estratégia da saúde pública para municípios e estados brasileiros é construir e ampliar mecanismos de luta contra o vírus HIV, bem como as doenças sexualmente transmissíveis”.

A representante do Conselho Municipal de Saúde, Cleonice Alves de Albres agradeceu a participação maciça dos conselheiros e gestores e opinou sobre o papel dos colaboradores envolvidos diariamente no combate e prevenção à doença. “Temos que parabenizar e valorizar o trabalho dos colaboradores que estão diariamente em contato com a população. Eles atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) orientando e esclarecendo as pessoas sobre os perigos do HIV”, destacou Cleonice.

Dados atualizados – na oportunidade foi divulgada a situação epidemiológica de Campo Grande que possui uma população de 755.107 habitantes e 3.142 casos comprovados de Aids. No caso, são 1.027 mulheres infectadas e 2.115 homens portadores da doença. Foram contabilizados 323 óbitos para o sexo masculino e 893 para o feminino.

O diretor-adjunto do Departamento Nacional de DST/Aids, Eduardo Luiz Barbosa elencou os avanços sobre a redução e controle da doença na Capital e destacou alguns fatores considerados primordiais para combater ambas as doenças. “A melhor forma de manter a união entre as entidades envolvidas são seminários como este que avalia, critica e opina sobre as ações do plano anual de políticas públicas”, alertou o diretor do Ministério da Saúde.

Houve queda também na contaminação de gestantes para os fetos, nos últimos 10 anos. Os dados são do Sistema Único de Saúde (SUS), que apontam considerável queda no número de infecções entre adolescentes gestantes de 10 a 14 anos, que chegou a 170 casos. Até a presente data, o número caiu consideravelmente sendo registrado até o momento 46 infecções por parte dos recém-nascidos.

“Os jovens tem iniciado cada vez mais cedo a vida sexual e, apesar da facilidade no acesso à informação e à utilização de preservativos ainda é um problema que deve ser banido”, avaliou Barbosa. Ele comentou, ainda, que outro motivo de grande preocupação para o Ministério da Saúde é a discriminação que algumas pessoas sofrem seja por questões de orientação sexual, utilização de método contraceptivo ou por trabalharem como profissionais do sexo. “Todo cidadão tem direito de acesso à saúde, independente do trabalho que exerce”, enfatizou o profissional.