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Saúde

Comitê sugere cremação de cadáveres diagnosticados com o Covid-19

28 março 2020 - 13h44

Em resposta a questionamento de empresa do ramo de funerária acerca da condução dos velórios e sepultamentos, o Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus de Dourados emitiu nota com várias orientações.Em uma delas, sugere a cremação de cadáveres que tenham sido diagnosticados com o Covid-19, embora essa medida não seja obrigatória, como acrescenta o rol de indicações. 

A resposta do Comitê cita ainda que a duração dos velórios não deve exceder duas horas e deve limitar-se à presença de no máximo dez pessoas concomitantemente no recinto, como estabelecido no Artigo 5° do Decreto 2.480, publicado pela prefeitaDélia Razuk no dia 23. O velório cuja declaração de óbito conste como suspeição ou causa Covid-19 deve ser realizado com urna fechada e o sepultamento deve seguir as regras de distanciamento mínimo de 1,5 metro entre cada pessoa presente ao momento de execução.

Em relação a demais condutas relacionadas aos cuidados após a morte, o Departamento de Vigilância em Saúde do Município de Dourados recomenda que siga-se as orientações estabelecidas na Nota Técnica da Anvisa de 21 de março de 2020 sobre “Medidas de Prevenção que devem ser adotadas na assistência a pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19”, as quais estão dispostas a seguir.
I) Quanto aos transportes dos corpos, orienta-se que:
● Quando para o transporte do cadáver, é utilizado veículo de transporte, este também deve ser submetido à limpeza e desinfecção, segundo os procedimentos de rotina;
● Todos os profissionais que atuam no transporte, guarda do corpo e colocação do corpo no caixão também devem adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas até o fechamento do caixão.
II) Em relação às orientações para empresas funerárias:
● É importante que os envolvidos no manuseio do corpo, equipe da funerária e os responsáveis pelo funeral sejam informados sobre o risco biológico classe de risco 3, para que medidas apropriadas possam ser tomadas para se proteger contra a infecção.
● O manuseio do corpo deve ser o menor possível.
● O corpo não deve ser embalsamado.
● Deve-se realizar a limpeza externa do caixão com álcool líquido a 70% antes de levá-lo ao velório.
● De preferência, cremar os cadáveres, embora não seja obrigatório fazê-lo.
● Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descartados como resíduos enquadrados na RDC 222/2018.
● O(s) funcionário(s) que irá (ão) transportar o corpo do saco de transporte para o caixão, deve(m) equipar-se com luvas, avental impermeável e máscara cirúrgica. Remover adequadamente o EPI após transportar o corpo e higienizar as mãos com água e sabonete líquido imediatamente após remover o EPI.
III) Em relação às recomendações relacionadas ao funeral:
● Atendendo à atual situação epidemiológica, os funerais deverão decorrer com o menor número possível de pessoas, preferencialmente apenas os familiares mais próximos, para diminuir a probabilidade de contágio e como medida para controlar os casos de Covid-19.
● Recomenda-se às pessoas que:
- Sigam as medidas de higiene das mãos e de etiqueta respiratória, em todas as circunstâncias;
- Devem ser evitados apertos de mão e outros tipos de contato físico entre os participantes do funeral;
- Recomenda-se que as pessoas dos grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, grávidas e pessoas com imunossupressão ou com doença crônica), não participem nos funerais; bem como, pessoas sintomáticas respiratórias;
- Recomenda-se que o caixão seja mantido fechado durante o funeral, para evitar contato físico com o corpo;
- Devem ser disponibilizados água, sabonete líquido, papel toalha e álcool gel a 70% para higienização das mãos.

Por fim, considerando a dinamicidade do cenário da saúde em âmbito nacional e das orientações repassadas pelo Ministério da Saúde, os técnicos Emerson Correa e Daniel Abrahão, respectivamente, diretor do Departamento de Vigilância Sanitária e presidente do Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus, informam que tais orientações podem ser alteradas e, caso isso ocorra, "tornaremos públicas as novas orientações”.