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Saúde

Coronavirus, a nova ameaça à saúde mundial, coloca China em quarentena

23 janeiro 2020 - 15h10

A China colocou mais uma cidade em quarentena nesta quinta-feira (23) na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, que já deixou 17 mortos no país. Huanggang, onde vivem 7,5 milhões de habitantes, fica a 70 quilômetros de Wuhan, considerada o epicentro do surto. A medida, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não tem precedentes.

Conforme repercute OGlobo, as autoridades chinesas já haviam anunciado, nesta quarta-feira (22), o isolamento de Wuhan, que foi concretizado na manhã desta quinta. Em Huanggang, todos os transportes serão interrompidos e os acessos fechados até novo aviso ao final do dia, anunciou o prefeito local. As cidades somam, juntas, 18 milhões de habitantes.

Uma terceira cidade, Ezhou, que fica entre Wuhan e Huanggang, informou que interrompeu o sistema ferroviário. Não há, até o momento, imposição de quarentena. Na tarde desta quinta-feira, no horário local, o governo chinês anunciou que o procedimento deve ser estendido para Ezhou, além de outras duas cidades menores na mesma província, Chibi e Zhijiang, conforme a publicação.

O governo chinês teme que o índice de transmissão do novo vírus cresça de forma exponencial na medida que centenas de milhões de habitantes deixam suas cidades para viajar dentro e fora do país para o feriado do Ano Novo Lunar, que começa no sábado.

Em Huanggang, o governo determinou o fechamento de cinemas e cafés. Além disso, pediu aos moradores que não deixem suas casas salvo "circunstâncias especiais". Na manhã desta quinta-feira, boa parte da rede de transportes de Wuhan já havia sido suspensa.

Quase metade das províncias do país está em alerta, incluindo megalópoles como Xangai e Pequim. Em Macau, capital mundial dos jogos de azar, funcionários dos cassinos são obrigados a usar máscaras desde que um caso foi registrado na cidade.

As políticas adotadas pelo governo chinês representam uma mudança radical em comparação à condução da crise da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), que matou 648 pessoas na China entre 2002 e 2003. À época, o país foi acusado de alertar a população muito tardiamente e de ocultar a gravidade da situação.

O coronavírus

Em dezembro do ano passado, uma pneumonia de causa desconhecida começou a se espalhar por Wuhan, na região central da China. Os primeiros casos foram vistos entre visitantes e trabalhadores de um mercado onde são comercializados animais silvestres e frutos do mar. O coronavírus (Co-V) é uma família de vírus a qual pertencem as cepas que causaram, por exemplo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Normalmente ocorre pelo ar, por meio de grandes gotículas expelidas na respiração, ou por contato direto ou indireto com secreções. Dores de cabeça, tosse e garganta inflamada, febre e mal estar são alguns dos sintomas. Entre os métodos de prevenção, recomenda-se lavar frequentemente as mãos, cobrir boca e nariz para espirrar ou tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos e manter ambientes bem ventilados.

Por enquanto, as formas mais letais dos coronavírus não têm vacina nem cura, de acordo com as autoridades sanitárias.