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Saúde

Laboratório de Anatomia da Unigran ganha reforço em peças sintéticas

25 outubro 2019 - 13h36

Os Laboratórios de Anatomia da Unigran receberam, na semana passada, a doação de peças de ossos sintéticos produzidas por professores e acadêmicos que participam de um projeto multidisciplinar da Faculdade de Ciências da Saúde. Sob a coordenação da professora Erica Kobayashi Urio, do curso de Odontologia, o projeto de extensão consiste em confeccionar peças anatômicas (esterno e vértebras) em gesso, a partir de modelos de ossos humanos, utilizando materiais de moldagem comumente utilizados na Odontologia.

Urio explicou que o projeto surgiu a partir da verificação de que os laboratórios de anatomia da instituição possuíam quantidade reduzida de alguns ossos e, “considerando a dificuldade de obter peças biológicas, decidimos trabalhar na criação de peças sintéticas”. Utilizando materiais de moldagem da Odontologia, foram confeccionados moldes dos modelos originais e produzidas cópias em gesso, disse ela.

A professora adiantou também que outros ossos do corpo humano devem ser confeccionados pelo projeto nas próximas etapas. Para Thiago Chaves Teixeira, acadêmico do 4º semestre de Biomedicina, esse trabalho é importante para o estudo da anatomia. “As peças vão auxiliar muito os alunos, professores e monitores de anatomia a darem suas aulas sobre o sistema ósseo. O uso de peças sintéticas está crescendo bastante, considerando a degradação das biológicas. Além disso, permitem a visualização de mais detalhes dos ossos, como por exemplo, o processo xifóide no esterno, que é uma cartilagem que geralmente se perde na dissecação, mas na peça sintética é possível sua criação, permitindo uma melhor análise da sua morfologia”, apontou.

Segundo Thaís Amorim Amaral, aluna do 10º semestre de Enfermagem, a execução do projeto também possibilitou maior aprendizado. “Enquanto aluna de monitoria em anatomia humana adquiri muito conhecimento participando do projeto, pois para a confecção das peças foi preciso estudar as formas e variações anatômicas dos ossos e aprender sobre os materiais que seriam usados”, mencionou.

A estudante lembrou também das vantagens de utilizar as peças sintéticas. “O projeto tem grande importância para o ensino da anatomia humana não só nas aulas, mas também nas monitorias, pois a matéria é base para todos os cursos da área da saúde. As peças sintéticas não se degradam com o decorrer do uso como as peças biológicas, que acabam perdendo a sua forma anatômica correta, dificultando a visualização. Outro diferencial é que elas não têm o cheiro forte como as biológicas, que incomodam muitos alunos, já que não precisam ser conservadas com formol ou glicerina e não necessitam do uso de EPI’s como luvas ou máscara para o seu manuseio”, concluiu.

O projeto também contou com o apoio da professora Angela Midori Kuraoka de Oliveira, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde, e da laboratorista Lucimary Leite Garcia.