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Saúde

Egressa da Unigran conclui tese de doutorado sobre doenças renais na UFMS

26 junho 2019 - 18h04

A egressa do curso de Fisioterapia da Unigran, Eliane Barbosa Togoe, formada em 2006, concluiu o doutorado no Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) com a tese, defendida e aprovada pela banca em audiência pública, que abordou a doença renal crônica (DRC), área de pesquisa que Eliane atua desde o ano de 2005, quando ainda era estudante da graduação na Unigran.

A pesquisa, intitulada ‘Influência do treinamento aeróbio de alta intensidade sobre variáveis de estresse oxidativo e morfometria muscular em modelo animal de doença renal’, teve o objetivo de analisar o efeito do exercício aeróbio no indivíduo que sofre de doença renal em fases não dialíticas e, considerando a dificuldade de estudar algumas variáveis em seres humanos, o trabalho foi realizado em modelo animal de doença renal em ratos.

Sob a orientação da professora Iandara Schettert Silva, pesquisadora com doutorado na área de modelos animais de doenças do programa de Pós-graduação, desenvolveu-se a doença renal crônica, fases não dialíticas nos animais, para que fosse possível estudar os efeitos dos exercícios aeróbios sobre os músculos. Geralmente, nas fases não dialíticas da doença renal, ainda não há sintomas e o indivíduo muitas vezes desconhece sua condição.

A DRC é uma grande preocupação de saúde pública e tem como principais causas a Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus. Segundo pesquisas, em média, 60% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil são hipertensos e diabéticos. Ainda, a doença renal não apresenta sintomas e, por isso, na maioria dos casos só é descoberta quando a função dos rins está bastante comprometida.

“Tudo começou na graduação da Eliane quando ela foi minha aluna de iniciação científica aqui na Unigran. Depois, quando eu entrei para o doutorado e ela para mestrado, ambos no mesmo programa, foi necessário entendermos mais sobre a prática de exercícios físicos no doente renal, se era seguro ou não. A partir daí começamos a desenvolver a pesquisa”, explicou a professora Juliana Cury.

A investigação teve caráter interdisciplinar e iniciou com a cirurgia experimental nos ratos, na UFMS, em seguida foi feito o deslocamento dos animais para a Unigran, onde fizeram o treinamento aeróbio, na modalidade natação, durante seis semanas e, após a eutanásia, as análises dos materiais coletados foram feitas no Laboratório de Patologia Geral e Experimental da UEL (Universidade Estadual de Londrina), no Paraná.

“No meu trabalho de conclusão de curso [o TCC] realizamos a avaliação funcional e treinamento respiratório em doentes renais durante a hemodiálise. Depois, continuei a explorar o tema no mestrado, porém já na linha modelo animal de doença, e agora no doutorado, sob a orientação da professora Iandara, que também foi colaboradora da professora Juliana no seu doutorado. Então, para responder o questionamento da tese, escolhemos a prática de exercícios de alta intensidade, seguindo recomendações internacionais, nos animais e estudamos variáveis morfométricas, estresse oxidativo e função renal”, explicou Eliane.

Ao concluir o estudo, as pesquisadoras observaram que a prática de exercícios aeróbios em doentes renais apresentou resultados positivos nas variáveis estudadas e potencial efeito protetor da função renal. O resultado completo da tese será publicado em breve em revistas científicas da área.

A pesquisa contou com o apoio de alunos de iniciação científica da Unigran, durante o período de treinamento dos animais, e teve a co-orientação da professora Juliana Loprete Cury, dos cursos de Fisioterapia e Educação Física da instituição.