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Saúde

Investigado no RS, Gamp não é mais gestor do Hospital de Cirurgias de Dourados

03 junho 2019 - 12h47

Depois que o consórcio Gamp, que vinha gerindo o Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados, anunciou na semana passada o rompimento de todos os projetos sob sua responsabilidade no país, incluindo a unidade douradense, o Governo do Estado busca encontrar uma nova OS (Organização Social) para administrar o serviço que vinha sendo realizado no prédio da avenida Weimar Torres, esquina com a Coronel Ponciano, em Dourados.

Em ofício encaminhado ao secretário estadual de Saúde Geraldo Resende e em audiência que aconteceu na semana passada os dirigentes do Grupo Gamp propuseram a rescisão amigável do contrato com Mato Grosso do Sul. O secretário Geraldo Resende aceitou a proposta e imediatamente determinou o início do processo de escolha de outro gestor para o Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados.

O Grupo Gamp, expõe, entre as razões que levaram a O.S. a tomar a decisão, uma operação do Ministério Público no Rio Grande do Sul que provocou série de problemas de ordem administrativa de gestão no município gaúcho de Canoas. Segundo o grupo, em função desta operação houve uma quebra no fluxo de caixa da empresa, ocasionando o descumprimento de compromissos firmados, e que gerou “inúmeras demandas judiciais em desfavor do Grupo Gamp”, as quais “vem afetando a administração dos contratos geridos desde então”.

“Vamos adotar todas as providências para que não haja nenhum tipo de paralisação do atendimento e que não aconteça qualquer prejuízo aos usuários de Dourados e região”, afirmou Geraldo Resende. “Os trabalhadores e fornecedores daquela unidade hospitalar também terão todos os seus pagamentos e direitos assegurados pelo governo do Estado”.

A escolha da nova Organização Social que vai gerir o Hospital de Cirurgias da Grande Dourados será feita mediante análise da atuação das interessadas em outras partes do país. De acordo com o secretário, o novo contrato será firmado mediante metas de produção e qualidade no atendimento, nos mesmos moldes do que foi firmado com a Gamp.

Alegações

Ainda de acordo com documento entregue ao secretário Geraldo Resende, “a partir de 2019, o Grupo Gamp começou a sofrer bloqueios judiciais em suas contas”. Apenas o banco Santander, através de uma medida unilateral, retirou da conta do projeto de Dourados, mantida pela matriz, o valor da reserva técnica contratual, na monta de R$ 868.779,73, para liquidação de um contrato do projeto de Canoas-RS.

Outra justificativa apresentada pela Gamp foi a de que no ano de 2019 “houve uma média mensal de R$ 60 mil em bloqueio judicial trabalhista no projeto de Dourados”. Também alegou que “no mês de maio do corrente ano, o Grupo Gamp foi condenado em um processo cuja monta alcança quase R$ 900 mil, e que há um risco iminente de bloqueio judicial que possa comprometer a operação inteira da unidade”.

Pagamentos

Atendendo à proposta de rescisão, a Secretaria de Saúde deverá reter os valores necessários para o pagamento da folha dos funcionários, mais a folha médica, no valor de R$ 525 mil, a fim de que não haja reflexos negativos para os usuários e também para a administração estadual. “Desta forma, iremos quitar a folha de pagamento dos colaboradores relativa ao mês de maio”, explica o secretário Geraldo Resende.