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Saúde

CCZ diz que morte do menino Nicolas deve servir de alerta à prevenção

24 março 2019 - 12h03

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Dourados reforça o apelo à população para que procure colaborar mais no combate a possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, que tem feito vítimas na cidade e região.

De acordo com a coordenadora do CCZ, a bióloga Rosana Alexandre da Silva, a situação é preocupante, considerando o número de casos positivos de dengue, principalmente, no município: 224 até quinta-feira (21).

Na sexta (22), morreu no HU (Hospital Universitário) o estudante Nicolas Ferruzzi, de 11 anos, com sintoma da dengue hemorrágica, ou dengue brava, conforme a nomenclatura para esse caso instituída pela OMS (Organização Mundial de Saúde) a partir de 2014.

Segundo ela, somente neste ano, até o dia 21 de março, foram notificados 513 casos de dengue em Dourados, sendo 224 confirmados como positivos e 138 negativos. Em relação à chikungunya foram 33 notificações, com sete casos positivos para a doença. Já em relação à zika não há registro de casos em Dourados, apenas quatro notificações.

“São números que preocupam, pois os casos têm aumentado, inclusive com um óbito registrado, infelizmente. O município, por meio dos agentes, tem feito a sua parte. As visitas domiciliares são intensificadas, no entanto, o poder público sozinho não está conseguindo vencer o mosquito. É preciso que a população colabore mais, mantendo seus quintais livres de focos”, pediu Rosana.

“Que a morte do estudante Nicolas não seja em vão. Lamentavelmente ocorreu um óbito. Que esse triste fato relembre as pessoas de que todo cuidado é pouco, que é preciso vigiar, todos os dias, e eliminar toda situação favorável para a proliferação do mosquito”, assinala.

A planilha de notificações para bloqueio da dengue revela que na região do Parque das Nações II foi confirmado maior número de casos positivos de dengue: 26. O Jardim Água Boa contou com 20 casos e o BNH 4º Plano, 16. Na aldeia Jaguapiru foram 12 casos positivos de dengue e Jardim dos Estados e Campo Dourado, com 10 cada.

“Em todas as regiões da cidade há infestação. Temos que reforçar a vigilância e para isso contamos com o apoio dos moradores”, reforça a coordenadora do CCZ. Rosana conta que os agentes de endemias estão trabalhando em regime de plantão noturno, finais de semana e feriados. “É um trabalho intenso, que não para. Todo o dia estamos presentes, fiscalizando, orientando a população, repetindo sempre que cada um deve fazer a sua parte, mantendo limpos seus quintais e terrenos baldios”, diz.

Populares também podem contribuir por meio de denúncia anônima sobre a existência de eventuais focos ou ambientes favoráveis em imóveis do município para a proliferação do Aedes aegypti. O telefone do CCZ é 3411-7753.

O município dispõe de três viaturas para a aplicação do fumacê que atuam em todas as regiões da cidade. Outras duas são esperadas. Também, em breve, mais 15 agentes de endemias, aprovados em concurso, deverão reforçar as equipes atuais, informa o CCZ por meio da assessoria de comunicação do Município.