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Saúde

Avanço da dengue preocupa em Dourados: oito casos confirmados

14 fevereiro 2019 - 18h11

Apesar de o município estar no nível de baixa incidência de casos de dengue, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) alerta para a necessidade de continuarem sendo realizados esforços visando a prevenção da doença. O período de calor e chuvas constantes é considerado ideal para a reprodução do Aedes aegypti, o mosquito vetor da doença. Por conta disso, o número de imóveis notificados com irregularidades aumentou no município na semana passada.

Dourados conta agora com oito casos confirmados de dengue. Esse número é significativo, já que durante todo o ano de 2018, foram 21 os casos confirmados. O trabalho dos agentes, ‘casa a casa’, com apoio também das denúncias encaminhadas pela população de pontos com acúmulo de lixo e possíveis focos do mosquito, culminou na notificação de 521 imóveis.

De acordo com a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva, o número de notificações cresceu significativamente, já que na semana de 27 de janeiro a 2 de fevereiro, o total foi de 120. De 20 a 26 de janeiro, chegou a 156.
“O trabalho intenso e os mutirões identificaram irregularidades. Encontramos imóveis e terrenos com aspecto de abandono, com lixo descartado a céu aberto e acúmulo de água. Até mesmo piscinas em situação crítica. Pedimos que os populares tomem mais cuidados, em especial os que estão deixando as casas para viajar. O descuido pode gerar mais casos da dengue, doença com a qual não se brinca e que pode levar à morte”, lembrou ela.

Nesta quinta-feira (14), ações se concentram no Jardim Flórida e no Jardim Europa. Os mutirões são constantes e incluem também o serviço de ‘fumacê’, aplicação do veneno por meio de borrifadoras. Ações educativas também têm sido realizadas. Recentemente, uma atividade na Unidade Básica de Saúde da Vila Vieira envolveu funcionários e populares.

O CCZ ressalta que a melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a reprodução do mosquito transmissor da doença. O recolhimento de embalagens dos quintais, como copos plásticos, tampinhas de garrafas, pneus velhos, sacos plásticos, entre outros, é necessário para contribuir na prevenção.

Denúncias

Imóveis não habitados e terrenos em condições atraentes para o mosquito da dengue devem ser denunciados ao CCZ, para que os agentes façam a vistoria, observa Rosana Alexandre. O telefone para contato do CCZ é o 3411-7753.

Conforme a Lei 3.965, chamada “Lei da Dengue”, de fevereiro de 2016, que dispõe sobre o “controle e prevenção da febre amarela, da dengue, zika vírus e chikungunya e demais vetores de doenças e zoonoses no âmbito do Município de Dourados”, aos imóveis com irregularidades cabem a aplicação de multa no valor de R$ 400 por foco, no caso de imóveis residenciais. Já no caso de terrenos baldios, o valor sobe para R$ 600 e nos imóveis comerciais, industriais e órgãos ou entidades públicas, R$ 800 por foco encontrado. A lei prevê também que, independente de ser localizado o foco do mosquito, a presença de entulhos, objetos que podem se transformar em criadouros ou a sujeira do imóvel, pode também gerar multas e, nesse caso, para imóvel residencial o valor é de R$ 800; em terrenos baldios, de R$ 1.300 e em empresas e indústrias, de R$ 1.600.