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Saúde

Pesquisador brasileiro busca a cura definitiva para o HIV

22 julho 2018 - 13h35

O infectologista Ricardo Diaz devota, há seis anos, a maior parte do tempo de trabalho ao estudo para se chegar à solução de um problema global: a infecção pelo vírus HIV. E ele pode estar chegando mais perto da cura, conforme indicam os resultados preliminares desse experimento, obtidos pela rede BBC News Brasil.

Diaz, que é pesquisador da Escola de Medicina da Unifesp, em São Paulo, lidera um estudo que, no último ano, conseguiu erradicar completamente o vírus HIV de duas pessoas soropositivas, segundo os resultados. Agora, elas estão sendo acompanhadas para ver como o organismo vai reagir sem o tratamento experimental.

O estudo ainda não foi publicado, mas será apresentado na íntegra, pela primeira vez, no Congresso Internacional de Aids, o mais importante do mundo sobre o tema, que acontece na Holanda a partir desta segunda-feira (23), como repercute o canal Bem Estar do portal G1 de notícias.

A infectologista Melissa Medeiros, especialista em HIV e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, diz que a pesquisa é "extremamente promissora" e "traz esperança, acima de tudo". No entanto, ela afirma que é preciso avançar nos testes para saber qual seria o impacto do tratamento nas pessoas.

"Quando se fala de algo assim, as pessoas já acham que a cura chegou. Mas é importante saber que há um tempo de pelo menos cinco a 10 anos até as pesquisas chegarem à população. É preciso bastante tempo até sabermos se a pesquisa será mesmo bem-sucedida e se é segura", disse à BBC News Brasil.

Inibidor do vírus

O tratamento contra o HIV disponível atualmente no SUS (Sistema Único de Saúde) é um coquetel de três medicamentos que inibe o máximo possível a reprodução do vírus no corpo, enquanto mantém o sistema imunológico atuante e protege contra infecções oportunistas. O HIV, no entanto, não é completamente eliminado do organismo, e pode voltar.

A equipe de pesquisadores brasileiros fez uma combinação de medicamentos já utilizados em todo o mundo com mais duas substâncias ainda não usadas neste tipo de tratamento e vacinas personalizadas, feitas com base no DNA de cada participante.