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Saúde

Números da chikungunya reforçam alerta da Saúde em Dourados

14 maio 2018 - 19h55

O Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sems (Secretaria municipal de Saúde) está alertando a população para uma incidência de casos de febre chikungunya, com o aumento de ocorrências. Segundo dados da Sems, são 94 casos notificados e 62 positivos para o vírus que tem encontrado pouca resistência imunológica nos cidadãos. Com efetivas medidas de controle, a Prefeitura solicita que os cidadãos contribuam no combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Segundo o enfermeiro Edivan Marcelo Morais Marques, do setor de imunização, foi identificada uma série de ocorrências em uma região específica da cidade, entre o Jardim Tropical e o Jardim Clímax, onde foram encontrados canteiros de obras e terrenos com possíveis criadouros.

Diante disso, foi orquestrada uma força-tarefa para rastrear as ocorrências da doença. Assim, com uma busca ativa casa a casa por estes bairros, foi feita a coleta de sangue para exame com índice de positividade, o que elevou os números. “O que ocorreu é que estes casos são fruto já de uma ação ostensiva da Secretaria para fins de controle da doença. Poucos casos foram registrados depois que as pessoas foram aos postos de saúde. A maioria vem destas coletas já da força-tarefa”, explicou.

O trabalho agressivo contra a doença, segundo Edivan, resultou em elogios da Secretaria estadual de Saúde, que enviou técnicos para uma reunião esta semana em Dourados, onde foram traçadas metas para o controle da doença.

Segundo o enfermeiro, o fato de haver aumento para casos de chikungunya e queda nos casos de zika vírus e dengue se dá por conta da ‘novidade do vírus’. “A comunidade douradense está bem resistente aos vírus da dengue e do zika porque já ocorreu esta doença em meio à população. O vírus da febre é ‘relativamente novo’ para imunidade das pessoas e daí vem a necessidade de todo um cuidado”, disse.

A Secretaria de Saúde já procedeu com as visitas domiciliares, fazendo ações de controle de focos do mosquito Aedes, que transmite as três doenças, tanto de forma mecânica, com a remoção de possíveis criadouros, como química, aplicando o ‘fumacê’.

Edivan ressalta que é possível a um mosquito do Aedes conter os vírus da dengue e chikungunya juntos, o que eleva a necessidade de haver um combate sério deste vetor. “É fundamental a participação e consciência da população. Tivemos um período sem chuva bem importante, com pouco calor, e agora chega o frio. Do ponto de vista do clima estamos bem servidos e queremos manter a queda nos índices para que nossa cidade tenha cada vez menos casos”, disse.

O enfermeiro lembrou que a febre chikungunya é capaz de incapacitar um indivíduo para suas atividades diárias, uma vez que os sintomas, embora parecidos, são mais fortes e duradouros em relação à dengue e zika.

No Estado

Dourados é a cidade que mais preocupa em todo o Estado, pelas características encontradas nesses dois bairros. Em Campo Grande, eram 27 casos confirmados até quarta-feira (9) passada. Nos municípios de Iguatemi, Porto Murtinho, Corumbá, Camapuã, Rio Verde de Mato Grosso e Sonora, um caso foi registrado até agora em cada uma dessas localidades.