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Saúde

Fisioterapeuta diz que atividades em UTIs reduzem risco de morte

21 março 2018 - 18h29

Para recepcionar os acadêmicos do curso de Fisioterapia da Unigran, o tema da Aula Magna foi atual e bastante debatido entre os acadêmicos. Pouco difundido não só dentro das unidades de terapia intensiva das unidades públicas de saúde, mas também de muitas unidades particulares, o tema ‘Mobilização precoce na Terapia Intensiva’, fala sobre a atuação do fisioterapeuta dentro das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e mostra o quanto esse trabalho é fundamental.

De acordo com o palestrante, o fisioterapeuta Gabriel Victor Rapello, mestre em Saúde e Sociedade, com a mobilização precoce é menor o índice de mortes com a fraqueza muscular adquirida dentro das UTIs, uma vez que o paciente tem oportunidade de desfechos melhores e de minimizar sequelas. “Os exercícios realizados pelos fisioterapeutas simulam atividades do dia-a-dia do paciente, o que leva a uma recuperação e reinserção bem mais rápida na sociedade”, afirma.

Durante a internação, o paciente é observado por toda a equipe multidisciplinar, que considera fatores que possam interferir na recuperação, ou que podem gerar complicações no quadro clínico durante o tratamento. O papel do fisioterapeuta é fundamental, conforme Rapello, já que uma das principais atribuições desse profissional dentro da equipe multidisciplinar é a de realizar avaliação e identificar problemas de ordem respiratória e cardiovascular.

“O fisioterapeuta é peça chave na recuperação desses pacientes, eles tem menores chances de morrer e maiores chances de recuperação pós-hospitalar. Temos sempre mostrado resultados positivos”, enfatiza.

Questionado com relação à situação das UTIs dos hospitais sul-mato-grossenses, Rapello considera que a prática não tem andado junto com a teoria, nestes casos. “Todo profissional de UTI é qualificado, vai para congresso, se especializa e o importante neste caso é necessário mobilizar a equipe para solucionar problemas, mas ainda assim, vemos alguns avanços nas unidades, tanto de hospitais públicos quanto de particulares", diz.

Gabriel Rapello destaca que talvez um dos grandes problemas não seja na infraestrutura de recursos materiais destes hospitais, mas sim, ao recurso humano. “Nós não temos um número grande de fisioterapeutas especialistas em terapia intensivas, é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal e quando olhamos a quantidade de profissionais que temos disponíveis nessa área, vemos que está bem aquém do que gostaríamos. Nós temos um fisioterapeuta para cada 10 pacientes graves, e isso é pouco para um tratamento adequado, ainda mais quando temos pacientes em estado grave de saúde”, finaliza.