Menu
Buscarquinta, 25 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
24°C
cmd participa
Saúde

Mel e própolis contra dor de garganta requer cuidado

09 março 2011 - 14h09Por Redação Douranews, com Exame

A fama de mocinho pode não ser inteiramente verdadeira para a combinação mel e própolis contra dor de garganta. Eles realmente têm propriedades benéficas, mas se usados de maneira inadequada, o efeito será inverso.

O mel tem propriedade mucolítica. Isso significa que ele dissolve o muco das vias respiratórias e ajuda na expectoração. Em pessoas com dor de garganta, a formação de muco provoca tosse, o que agrava a dor e a inflamação.

Além disso, o mel é considerado um anti-inflamatório poderoso. Ele carrega uma enzima chamada glicose-oxidase, que forma pequenas quantidades de peróxido de hidrogênio (potente antiséptico) no açúcar do alimento. Isso confere ao mel a capacidade de inibir inflamações e de reconstruir novos tecidos na região da garganta.

“Mas não exagere da dose. Não é difícil o mel irritar o estômago e causar refluxo”, afirma a alergista e otorrinolaringologista Mônica Menon-Miyake, dos hospitais Sírio Libanês e Prof. Edmundo Vasconcelos. O refluxo freqüentemente provoca irritação na garganta e pode facilmente agravar dores já existentes. E se a pessoa combinar o mel com limão, o risco pode ainda ser maior porque limão é uma fruta cítrica, muito ácida.

O própolis é outro anti-inflamatório importante, comumente comercializado junto ao mel. “O problema é que o própolis requer álcool para se manter conservado. E álcool aumenta a irritação na garganta”, alerta a médica. Ela comenta que estão começando a surgir fórmulas livres de álcool, mas a eficácia delas na conservação do própolis ainda está sendo aperfeiçoada.

Por conta dos fatores acima, a médica recomenda sempre uma visita ao consultório de um especialista, no caso de dor na garganta. Ela poderá avaliar a origem do problema, se é viral ou bacteriano, e adotar a melhor estratégia de tratamento. Isso não descarta o uso das fórmulas caseiras, mas é melhor fazê-las sob orientação, para não errar na dose. E, no caso da pessoa já ter refluxo gástrico, o tratamento deverá ser exclusivamente medicamentoso.