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Saúde

Funcionários do Hospital Cassems se previnem contra 'doenças do carnaval'

10 fevereiro 2018 - 11h39

A campanha interna de prevenção às IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e da Aids, lançada na tarde de quinta-feira (8), no Hospital Cassems de Campo Grande, foi iniciativa dos integrantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) com o principal objetivo de reforçar a importância do uso dos preservativos não só na época do carnaval, mas durante todo o ano.

“O Brasil é um país onde as pessoas são alegres e gostam do carnaval, por isso estamos aproveitando o momento para que a Cipa possa falar sobre prevenção, saúde e segurança do trabalhador”, explica Flávio Stival, diretor de Unidades Hospitalares da Cassems.

A atividade contou com a participação do grupo voluntário Plantão da Alegria que, de forma lúdica e bem-humorada, mostrou a importância de cuidar da saúde e de se prevenir contra as ISTs/Aids. Os integrantes prepararam uma apresentação teatral para demonstrar o que acontece entre as pessoas que mantêm relações sexuais sem proteção.

Para reforçar a apresentação, a médica infectologista Priscilla Alexandrino explicou de que forma as infecções sexualmente transmissíveis afetam a vida de homens e mulheres. Priscilla abordou, de forma especial, o aumento dos casos de sífilis e os problemas que a doença pode causar no corpo humano. De acordo com a médica, 80% das pessoas não usa preservativos durante as relações sexuais, o que favorece a exposição ao contágio de infecções causadas por bactérias, vírus e fungos. As ISTs são de fácil tratamento, se diagnosticadas no início, porém algumas, como o HPV, Aids e Sífilis podem levar à morte.

A infectologista explica que, no caso da sífilis, a pessoa contaminada pode não apresentar sintomas na fase inicial. Ao contrair a doença, o homem ou a mulher apresenta uma lesão na área genital que desaparece em poucos dias. Após um período médio de dois meses surgem lesões na pele, que também desaparecem de forma espontânea.

A partir dessa fase, a pessoa passa a ser um transmissor do vírus. Os sintomas mais graves da doença, como alterações neurológicas e cardiológicas, surgem, em média, após dez anos do contágio e normalmente causam a morte. “Quem tem comportamentos de risco, ou seja, que costuma ter relações sexuais sem proteção, precisa realizar exames de rotina periodicamente”, ressaltou Priscilla.

Priscilla Alexandrino comemorou a iniciativa dos integrantes da Cipa e reforçou a importância de ações de prevenção junto ao grupo de colaboradores do hospital. “Nós trazemos as informações para quem trabalha no hospital e os nossos colaboradores ajudam a disseminar essas informações junto aos familiares e amigos criando uma rede de divulgação. Isso é muito importante para que o nosso trabalho de prevenção tenha o alcance necessário”, destacou.