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Saúde

Com avanço no tratamento, ter HIV não significa mais estar com Aids

02 dezembro 2017 - 13h40

Ter HIV não significa estar com Aids. Assim como milhares de brasileiros, a estudante Blenda Silva, de 24 anos, que descobriu há seis meses ser soropositiva, só aprendeu a diferença após ser diagnosticada com o vírus. “Quando pensam no assunto, as pessoas ainda se lembram de Cazuza, de Renato Russo e de outros ícones que morreram de Aids no início da epidemia e acham que ser portador de HIV é uma sentença de morte, além de achar que HIV e Aids são a mesma coisa. Não é, e com tratamento é possível afastar a ameaça da Aids”, diz a jovem.

O HIV, sigla de Human Immunodeficiency Virus, em inglês, é o causador da Aids, mas isso não significa que todas as pessoas que têm o vírus vão desenvolver a doença, segundo o infectologista Pablo Velho, médico da Secretaria de Saúde de Santa Catarina que trabalha há dez anos com pacientes soropositivos. “Ainda não existe uma cura para a Aids, mas o vírus pode ser controlado com medicamentos”, destaca.

Segundo o médico, a única maneira de evitar que a Aids se desenvolva é recebendo medicação adequada após o diagnóstico de infecção pelo vírus. “Se nada for feito para interromper o processo de evolução natural dessa doença, ela vai chegar à Aids. Em alguns indivíduos isso acontece de forma muito rápida, e eles podem desenvolver a Aids em até dois anos após o contágio. Na outra ponta, há algumas pessoas que podem levar mais de dez anos. Em média são sete anos, mas não se pode confiar nisso porque varia de pessoa para pessoa e não faz sentido esperar a pessoa ficar mal para começar o tratamento”, explica o infectologista, conforme reportagem da Agência Brasil.

No Brasil, a estimativa é que 160 mil pessoas estejam vivendo com HIV sem saber. O Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado nesta sexta-feira (1), data dedicada aos esforços para a prevenção e combate da doença, estima que das 670 mil pessoas diagnosticadas com HIV, 129 mil não estão se tratando.

Prevenção

Durante o lançamento da campanha ‘Vamos combinar? Prevenir é viver’, nesta sexta-feira em Curitiba, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância de “convencer aqueles que sabem que têm o vírus, mas, que não se tratam, de que precisam ser engajados no tratamento, que é gratuito e de qualidade”. O tratamento pode deixar o paciente com uma carga viral indetectável e, nesses casos, o HIV se torna intransmissível na relação sexual.