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Saúde

Crises de alergia – agravamento pelo ar frio e seco

07 outubro 2010 - 12h07Por Redação Douranews, com Boa Saúde

No inverno, período em que o ar está mais seco e frio, as crises alérgicas tornam-se mais freqüentes, aumentando o incômodo de quem convive com o problema durante todo o ano. Para os mais distraídos, no entanto, os sinais de alergia podem parecer uma gripe ou resfriado comum. A doença - geneticamente determinada - é uma reação exagerada do organismo diante do contato com agressores ambientais (ou alérgenos), como os ácaros, que penetram no corpo e são estranhos a ele.

 

A "invasão" estimula uma resposta do sistema imunológico. Sozinho, o fator genético não é uma garantia de que a doença vai se manifestar. Para o ataque da alergia é preciso, também, algum agente ambiental. Os principais são os ácaros - causadores da doença em 83% dos alérgicos - os fungos (mofo), os pêlos de animais e os restos de barata. A alergia não é contagiosa, mas é normalmente transmitida de um pai alérgico para o filho ou do avô para o neto. Normalmente, o fator determinante para que a doença se manifeste está dentro de casa. Os ácaros, aracnídeos microscópicos, por exemplo, se alimentam de restos de pele, cabelos, alimentos e fungos.

 

Dados de um levantamento epidemiológico internacional apontam que até a década de 1970, cerca de 10% da população mundial apresentava algum tipo de alergia. Nos anos 90, o índice já era de 20% e em 2001, estima-se que seja de cerca de 35%. As previsões não são animadoras. Calcula-se que até 2010, cerca de 50% das pessoas terão algum tipo de alergia.

 

Quais as manifestações das crises alérgicas?

 

As manifestações mais comuns do problema são as rinites alérgicas, que respondem por cerca de 30% dos casos alérgicos e a asma brônquica, responsável por 25%. É comum que as duas doenças apareçam associadas. Normalmente, os casos de asma podem ter manifestações mais graves. A contração dos brônquios impede a chegada do ar até os pulmões. Nas crises mais graves, o paciente pode morrer por asfixia.

 

A alergia é uma doença crônica. No inverno, a mucosa das vias aéreas fica mais irritada, o que deixa a defesa do organismo baixa e, conseqüentemente, propicia a ocorrência da crise. A doença pode se manifestar no nariz (rinite), nos olhos (conjuntivite) e nos pulmões (asma brônquica). Segundo especialistas, os índices de pessoas acometidas com a doença vêm aumentando sistematicamente nos últimos anos, no Brasil e no mundo.

 

Espirros freqüentes, nariz entupido e coriza. Esses são os sintomas mais comuns de um mal que persegue mais de 20% da população brasileira: a alergia. No inverno, período em que o ar está mais seco e frio, as crises se tornam freqüentes, aumentando o incômodo de quem convive com o problema durante todo o ano. Para os mais distraídos, no entanto, os sinais de alergia podem parecer uma gripe ou resfriado.

 

Como é feito o diagnóstico?

 

Diagnosticar essa doença não é difícil. O primeiro passo é conhecer a história familiar, os hábitos de vida e o ambiente onde vive o alérgico. Para um tratamento eficaz, o melhor é identificar quais são os agentes causadores do problema. Um dos recursos utilizados pelos médicos é o teste alérgico cutâneo. Sem injeção, o médico coloca uma gota com partículas de vários tipos de agressor sobre a pele, observando se há formação de alguma lesão no local. O resultado sai em 20 minutos.

 

Um exame de sangue também pode ser utilizado na identificação dos alérgenos. Uma das novidades que deve chegar ao mercado brasileiro é o kit de manuseio individual, usado nos Estados Unidos e na Europa. O kit contém uma fita embebida em anticorpo monoclonal contra os alérgenos. O agente causador e a intensidade de sua presença são constatados em uma hora com a mudança da cor da fita. O kit custa em torno de 25 dólares.

 

Como se tratam as crises de alergia?

 

Depois que os agentes são descobertos, há diversas medicações específicas para diminuir os sintomas durante uma crise e para combater a doença. Além da imunoterapia específica, existe uma vacina desenvolvida contra o alérgeno. A dose precisa ser tomada uma vez por semana, durante um período prolongado. Os alérgicos também podem, regularmente, usar medicamentos preventivos, normalmente por via inalatória. As tradicionais "bombinhas" - remédio em forma de spray - muito usadas pelos asmáticos, apresentam efeitos colaterais mínimos.

 

Para as crises, os remédios mais empregados são os antihistamínicos ou antialérgicos. No caso dos pacientes asmáticos, os broncodilatadores facilitam a passagem do ar. Se o paciente for acometido por uma conjuntivite, há colírios específicos para os alérgicos. Nas reações alérgicas intensas, os corticosteróides são recomendados.

 

E a prevenção?

 

É possível prevenir a alergia. Para isso, é necessário um ataque aos agentes que desencadeiam a doença. A maior parte deles convive muito bem com os seres humanos no ambiente doméstico. Atualmente, as pessoas ficam muito mais tempo dentro de casa. Além disso, elementos como carpetes, tapetes e cortinas são muito comuns. Todos eles facilitam a sobrevivência dos agentes agressores.

 

Os especialistas alertam que, apesar das propagandas, não há aparelhos eficazes que combatam os ácaros. Os aracnídeos microscópicos precisam de uma temperatura entre 18º e 32º C para sobreviver. Diariamente, produzem cerca de 35 bolotas fecais. Em uma cama de casal existem cerca de dois milhões de ácaros e 60 milhões de bolotas fecais. Os estudiosos explicam que as bolotas ressecam e contaminam o ar, entrando pela respiração e provocando as reações "alérgicas". O segredo é ter uma casa bem limpa. Travesseiros e colchões devem ser impermeabilizados. Nos locais onde a permanência é maior, a limpeza deve ser redobrada e os objetos que retém poeira devem ser evitados.

 

O alérgico também não deve participar da faxina. Se isso não for possível, o ideal é se proteger com uma máscara com filtro. Mofo, aspiradores de pó com funcionamento irregular e cobertores que soltam fios, facilitam a existência de agentes agressores. Vale lembrar que a alergia não é o único problema respiratório do inverno. Nesse período, é comum um aumento nos casos de gripes, resfriados e infecções bacterianas.