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Servidores do Hospital da Vida veem disposição de prefeita em negociar

03 maio 2017 - 19h16

“Pela primeira vez, agora, na gestão da prefeita Délia, nós temos uma perspectiva de diálogo, que vem sendo tentada construir há tempos e só agora vemos como uma possibilidade real”. A afirmação é do representante do coletivo de servidores do setor de saúde em Dourados, Jaime Dantas. Sindicalista experiente, e também servidor de carreira do Hospital Universitário, ele foi eleito democraticamente, há cerca de 15 dias, para representar os quase 500 servidores do HV e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Com a eleição de Dantas, agora finalmente a prefeita Délia Razuk poderá convocar a reunião do Conselho Curador da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) para deliberar sobre assuntos de interesse das categorias que compõem o conjunto de Saúde Pública, compreendendo servidores da própria Funsaud e ainda dos hospitais da Vida e a UPA. Desde que foi criada a Fundação, esta é a primeira vez que os trabalhadores elegem um representante.

“Só quem não conhece a realidade do Hospital da Vida é que pode cometer a infelicidade de sair por aí falando dele”, opina o representante dos servidores, ao citar que a reduzida estrutura da unidade consegue suprir a demanda de pacientes de, pelo menos, outros 33 municípios da região. “Somos o único hospital de urgência e emergência totalmente porta aberta de todo o Estado”, assegura o trabalhador, há cinco anos dedicado ao setor de Enfermagem do HV.

A Fundação de Saúde foi criada na gestão passada com o fim de administrar o HV e a UPA. Ao assumir o mandato, a prefeita Délia Razuk herdou um déficit superior a R$ 9,8 milhões, fora as despesas com a folha salarial de médicos e colaboradores. “Temos fornecedores com contas a receber desde junho de 2015”, relata o diretor-presidente da entidade, Renan Hadykian. Desde janeiro deste ano, a Prefeitura já investiu cerca de R$ 14 milhões para o pagamento de compromissos com a Funsaud.

De acordo com Renan, a prefeita Délia Razuk se comprometeu, ao eleger a Saúde como uma das prioridades do mandato, ao lado da valorização das pessoas, em elevar as cotas de repasse para o atendimento prioritário nas duas unidades controladas pela Funsaud. “Mas ela precisava que o Conselho Curador estivesse totalmente composto, o que só agora se completou com a escolha do representante dos servidores do Hospital da Vida e da UPA, e é o Conselho quem tem que aprovar esses repasses”. A reunião do Conselho está agendada para os próximos dias.

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