A poucos dias da conclusão e entrega do relatório da CPI da Vacina, que apura desvio de doses da vacina contra H1N1 em Campo Grande, o vereador Alex do PT, presidente da comissão, declarou, nesta terça-feira, não ser possível falar em indiciamentos. Segundo ele, o prazo final para conclusão do trabalho - 7 de outubro - será mantido.
“Não posso pré-julgar. Não posso falar que vai dar isso ou aquilo. Mas de maneira sucinta e objetiva, nós iremos apresentar nosso relatório final para o Ministério Público Federal e também para o Ministério Público Estadual”.
Questionado se todos os documentos já foram analisados, o vereador explicou que alguns estão em fase de análise. “É muita coisa, as informações que recebemos”, disse se referindo às 13 caixas de documentos encaminhadas para a CPI em julho deste ano.
A comissão compara o processo de vacinação em outras cidades e estados, onde foram realizadas as campanhas, e analisa também vacinações anteriores feitas na Capital.
O vereador explicou, ainda, que o secretário de saúde, Ivandro Correa Fonseca, e o presidente da sindicância feita pela própria Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) devem ser convocados para confrontação de dados.
“São as últimas pessoas que poderiam colaborar com a gente. Queremos informações sobre o que aconteceu e, principalmente, o que pode ser evitado”, finalizou Alex ao Correio do Estado.
INVESTIGAÇÃO
A CPI investiga o sumiço de 3.166, do total de 196 mil, doses de vacina contra a gripe enviadas para Campo Grande desde abril deste ano pelo Ministério da Saúde. O montante seria suficiente para atender grupos de risco, porém a prefeitura culpou o Instituto Butantan por fornecer frascos com menos