Operação deflagrada hoje pela Polícia Federal em Ponta Porã combate esquema de fraude em aposentadorias para indígenas, com prejuízos estimados em R$ 600 mil. Estelionatária que se passava por advogada indigenista é quem cometia as irregularidades.
Segundo informações preliminares da PF, a estelionatária aliciava indígenas para cometer fraudes contra a Previdência Social. As irregularidades ocorriam nos benefícios de aposentadoria por idade rural.
Além disso, ela fraudava empréstimos consignados, tendo indígenas da etnia Kaiowá como vítimas preferenciais.
Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Ponta, Porã serão cumpridos contra a mulher, que não teve a identidade divulgada.
A operação é realizada pela Delegacia da PF de Ponta Porã, em conjunto com a Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda (COINP) e com o Ministério Público Federal (MPF).
Raposa Kaiowá
A Operação foi denominada “Raposa Kaiowá”, em alusão à característica traiçoeira e oportunista das raposas na captura de suas vítimas, a qual se assemelha à astúcia utilizada pela falsa advogada no trato com indígenas.
As investigações evidenciaram que a estelionatária se apresentava como advogada (embora não o fosse) especializada na promoção dos direitos indígenas para conquistar a confiança dos indígenas (em sua maior parte da etnia Kaiowá) visando manipulá-los e explorá-los financeiramente.
Além disso, o nome da operação remete à Operação Coiote Kaiowá, deflagrada pela PF em 2015, no município de Amambai, e que tinha como alvo esquema de fraudes previdenciárias de natureza similar.