Reações contrastadas. Isso foi o que se pode perceber ao final da apuração para presidente da República. Embora tenha suplantado seu adversário, a candidata Dilma Roussef (PT) parecia abatida com o resultado que provoca um segundo turno na disputa, enquanto por outro lado, José Serra (PSDB) era o retrato do "renascimento".
Diferente dos dois principais concorrentes estava Marina Silva (PV), que com quase 20 milhões de votos, assume definitivamente um espaço no cenário político majoritário.
Faltando menos de 0,01% dos votos a serem apurados,Dilma Roussef tinha 46,9%; Serra, 32,61% e Marina Silva, 19,32%,
Agora os dois primeiros colocados deverão travar uma intensa batalha para ver quem consegue se aliar a Marina Silva, que por sua vez já deixou claro o posicionamento. "O partido agora vai ter que fazer uma discussão nas suas instâncias, por respeito com quem fizemos alianças", disse Marina a jornalistas, referindo-se a movimentos sociais e a intelectuais. E lembrou: "O voto não é da Marina, não é do Serra e não é da Dilma. O voto é do eleitor".
Enquanto isso, Serra aproveitou para "afagar" a candidata verde, falando de sua contribuição para o processo democrático, com Dilma buscando manter o moral de seu grupo: Somos acostumados a desafios e somos de chegada. Tradicionalmente, a gente tem desempenhado muito bom no segundo turno".
