“É importante que o eleitorado compareça para que se dê legitimidade ao prefeito eleito”, destacou Josué de Oliveira.
Um dos exemplos do baixo índice de comparecimento pode ser constatado pelo Douranews nas seções 95 e 96, que funcionam no Clube Nipônico, no centro de Dourados. Segundo a mesária e professora de História, Conceição Marques Sanches, “sempre trabalho aqui, mas desta vez é surpreendente como poucas pessoas estão vindo exercer o seu direito do voto”.
Até o meio-dia, menos de 40% dos 494 eleitores que deveriam ir até o Nipônico, apenas 194 haviam exercido o seu direito do voto, como Neiva Vezzaro, que demonstrou consciência político-social: “Se queremos que nossa cidade tenha um futuro melhor, é muito importante que todos compareçam aos locais de votação, pois assim estaremos, realmente, ajudando a definir os rumos que deverão ser tomados”, disse Neiva após votar.
Para piorar toda essa situação, com a possibilidade de chuvas fortes no período da tarde, algumas previsões indicam que, no máximo 50% dos eleitores compareçam às urnas.
Reflexos
A grande abstenção na eleição extraordinária reflete o descrédito que a classe política enfrenta hoje em Dourados. Nas eleições de 2010 os números já demonstravam o quanto o eleitor estava indignado com a situação gerada após as operações Owari e Uragano, quando os nomes de diversos políticos foram envolvidos.
O maior destaque, naquela oportunidade, ficou por conta da eleição dos senadores. Murilo Zauith, único candidato a senador da região Sul do Estado, em Dourados, obteve cerca de 74 mil votos. Ao mesmo tempo, os votos brancos, nulos e abstenções chegaram praticamente aos mesmos 74 mil, sendo diretamente responsáveis por Murilo Zauith ficar na terceira colocação, perdendo a vaga para o belavistense Waldemir Moka. Naquela eleição, se metade dos que não votaram em Dourados dessem seus votos a Murilo, Dourados hoje teria um senador da República.