O presidente em exercício da Câmara de Dourados, Dirceu Longhi (PT), disse esta semana que a Casa não pode correr o risco de fazer um trabalho que não seja bem elaborado no que diz respeito ao encaminhamento dos trabalhos das 18 comissões processantes instaladas para apurar denúncias contra vereadores afastados das funções e ainda o ex-prefeito e o ex-vice-prefeito.
Dirceu disse que a contratação de um advogado especialista para auxiliar no trabalho das comissões processantes visa atender ao clamor da sociedade civil organizada, “que espera uma resposta positiva e definitiva, que contemple o bom senso e restabeleça a transparência e a moralidade no trato da coisa pública em nossa cidade”.
Para contratar o advogado Naudir de Brito Miranda, Dirceu Longhi disse que o procurador-geral da Câmara Alexandre Magno Calegari consultou o Tribunal de Justiça que deu parecer favorável a contratação, por inexigibilidade de licitação, confirmando, portanto, a legalidade do procedimento.
Segundo Dirceu, a Mesa diretora tem o dever de prestar apoio logístico e profissional às comissões processantes, que solicitaram a contratação de profissional com experiência para auxiliar na questão. “Tudo está sendo feito dentro da legalidade e não há motivo para estardalhaço”, diz.
“Quem estiver achando que o valor de R$ 200 mil a ser pago ao advogado é exorbitante que faça a comparação com a duplicidade de salários pagos aos vereadores”, sugere o presidente Dirceu Longhi, observando que os nove vereadores afastados por determinação judicial continuam, também por decisão da Justiça, recebendo seus vencimentos normalmente. Isso equivale, conforme apurou o Douranews, a gastos extras da ordem de R$ 63 mil mensais.
