O Procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Paulo Alberto de Oliveira, disse há pouco, em entrevista na TV Morena, que pretende ouvir todas as pessoas que foram citadas e aparecem no vídeo postado no youtube, onde o deputado Ary Rigo conversa com o jornalista Eleandro Passaia e faz revelações sobre o esquema de distribuição de verbas entre os Poderes do Estado.
Oliveira disse que as denúncias “são gravíssimas” e o vídeo se constitui em início de prova para começar os trabalhos na Procuradoria. “Já determinamos a instauração de ação civil e criminal por danos morais contra o deputado”, informou o procurador, acrescentando que o MPE vai apurar também eventual participação do ex-Procurador-chefe do MPE, Miguel Vieira, que é apontado no vídeo como beneficiário de recursos para favorecer políticos.
“O MPE tem compromisso com os altos interesses do Estado”, destacou o procurador, citando inclusive a atuação do promotor de Dourados, Paulo César Zeni, responsável pela condução dos trabalhos que levou à prisão 28 pessoas, incluindo o prefeito e o vice-prefeito, nove vereadores, cinco secretários municipais e vários empreiteiros e servidores públicos e ao indiciamento 61 pessoas, como parte da operação “Uragano” (furacão, em italiano) da Polícia Federal.
O deputado Ary Rigo distribuiu nota de esclarecimento na quarta-feira (22), onde afirma que várias citações sobre a partilha dos recursos foram mal interpretadas e que a gravação “foi maldosa” por parte de Passaia. Rigo atribuiu o termo “expressão da palavra” para justificar alguns nomes e valores citados, acrescentando que sempre prezou pelo alto conceito dos Poderes estaduais.
