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“Se soubesse que estava gravando, daria uma cadeirada na cabeça dele”, diz Rigo sobre vídeo de Passa

22 setembro 2010 - 20h15Por Redação Douranews

Perguntado sobre qual seria a intenção do secretário Eleandro Passaia em fazer a denúncia, a partir de gravações colhidas, com microfone escondido, durante conversa que teve em julho, o deputado Ary Rigo disse hoje (22 de setembro), durante coletiva de imprensa, em Campo Grande, que “no decorrer das apurações é que nós vamos saber porque o Passaia gravou todo mundo, inclusive eu. Nunca fiz maldade nenhuma para ele”.

O deputado distribuiu Nota de Esclarecimento à imprensa, evitando o confronto direto com as partes envolvidas no vídeo e explicando que não teve interferência nenhuma nas decisões do Ministério Público e do Judiciário. Mesmo reafirmando a preocupação com a Lei da Transparência, Rigo disse jamais imaginar que “um cara próximo do prefeito de quem eu era companheiro fosse me gravar e mesmo se eu soubesse tinha dado uma cadeirada na cabeça dele por fazer gravação ilegal”.

Sobre ter dito que devolvia R$ 2 milhões em dinheiro para o governador André Puccinelli, R$ 900 mil para os desembargadores e R$ 300 mil para o Ministério Público, o deputado disse que “devolução foi uma expressão da palavra. Eu explico na nota que a Assembléia reduziu o duodécimo dela em 21,8% e aí houve uma negociação, principalmente por parte do Jerson [Domingos] junto com outros poderes aqui nesta Mesa, no Tribunal de Justiça, eu estava presente, todos os chefes de poderes estavam presentes. Foi condicionado o seguinte, a Assembléia diminui 21.87%, mas em compensação este dinheiro não vai ficar no Tesouro, tem que repassar para os demais poderes que estão com dificuldade”.

Outro ponto polêmico é sobre valores supostamente recebidos por cada deputado, que foi reduzido reduzido de R$ 120 mil para R$ 42 mil. Explicando que estava propondo uma adaptação nos valores de repasses, ele ressalta que se fosse adotado valores semelhantes a outras Assembléias, o gasto seria maior, podendo chegar a R$ 123 mil. Dizendo que se expressou em linhas gerais, Rigo admitiu ter cometido uma “irresponsabilidade” em não medir as palavras quando estava falando com Passaia. “Volto reafirmar, tenho 32 anos de política. Nunca comprei ninguém. Nunca passei dinheiro para ninguém”.

Rigo diz que a edição do vídeo deixou fora uma frase importante, não admitido ter cometido o crime de prevaricação. “Se você for olhar, não sei se a parte está editada, eu falo que não quero escutar sobre isso”, acrescentando em seguida que “não sabia, não quis nem ouvir. Porque eu não ia me meter com problema dos prefeitos e dos vereadores. Não tenho nada que ver com a briga deles”.

Sobre o encaminhamento que dará a esses fatos, Ary Rigo disse que, em primeiro lugar, se coloca inteiramente à disposição do Judiciário e do Ministério Público e das pessoas que foram citadas. Em seguida, em tom duro, questiona: “Que providência em posso tomar contra um crápula que nem no País está mais”, e acusa Passaia de estar “dando uma de inocente quando está numa delação premiada”.

Ao ser questionado sobre o termo “segurar o Miguel”, ele disse não saber. “A expressão Miguel [Vieira da Silva] é porque ele era o procurador-geral. Nunca tive conversa com o Miguel sobre qualquer assunto relativo à procuradoria que não fosse o duodécimo”. Encerrando, ele garantiu que não se afastará de seu cargo na AL. “Não cometi crime algum, por que é que eu vou me afastar?” finalizou.

 

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