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Articulação de Esquerda recorre à Nacional para “derrubar” aliança “DEM/PT”

03 janeiro 2011 - 16h13Por Carlos Marinho
A “Articulação de Esquerda” [grupo formado por uma das tendências do Partido dos Trabalhadores] de Dourados impetrou recurso contra a decisão da Executiva Municipal, que ignorou uma resolução tomada pela Comissão Executiva Nacional (CEN), na qual determinava que não fosse realizado o encontro que definiria a aliança do PT com o DEM, em Dourados.

Na resolução expedida pela CEN, dois pontos foram observados – a nova data do Encontro Municipal, para 30/12 e que não era necessária a realização da votação para uma possível aliança com o DEM.

O encontro realizado no último dia 30 de dezembro, quando dos 119 membros aptos a votar, 63 foram favoráveis à coligação, enquanto 47 se posicionaram contrários à aliança, transformou-se numa grande polêmica entre os petistas,  provocando um recurso onde estão sendo destacados que “o encontro foi efetivamente realizado na data definida pela CEN, mas foi, basicamente, o único ponto da resolução nacional cumprido pela direção municipal”.

O recurso prossegue salientando que a resolução nacional foi contrariada pelo presidente do diretório municipal, Tenente Pedro, que “sob orientação do secretário estadual de organização do PT - presente no encontro - colocou, na pauta do encontro, a proposta de apoio ao candidato do DEM”.

O documento prossegue afirmando que haveria um acordo, onde o apoio teria “em troca, segundo eles, de 3 secretarias e, possivelmente, a vice”.

Mais adiante os recorrentes apontam que a aprovação, “através de voto aberto nominal por 63 a 47”, torna-se “uma verdadeira afronta à resolução da CEN, considerada, insistentemente, uma MERA RECOMENDAÇÃO, cabendo ao encontro acatá-la ou não”.

Ainda conforme o recurso enviado à CEN, o grupo diz que: “Entendemos que o encontro foi eivado de manobras e artimanhas antidemocráticas, como a decisão em levar as votações de forma aberta e não em urna”, que na convicção dos reclamantes “o objetivo foi constranger e pressionar os delegados e delegadas para votarem com a sua posição pró DEM, contra candidatura própria do PT”.

Outro ponto destacado diz respeito à decisão da Executiva Municipal em restringir o acesso geral ao encontro. “Entendemos também como lamentável a decisão da Executiva Municipal em restringir o encontro, permitindo o acesso apenas aos delegados/as, de tal forma que existia mais filiados do lado de fora do encontro, clamando pela candidatura própria, expressada em personalidades presentes, como o reitor da UFGD, membros da Igreja, dirigentes sindicais e dos movimentos sociais – do que na plenária do encontro”.

Após fazer suas exposições, o grupo requereu à CEN “a anulação da decisão encaminhada pela mesa e tomada pelo encontro de apoio do PT ao candidato a prefeito do DEM”, acrescentando que “ao mesmo tempo, requeremos que seja considerada a proposta do PT de disputar as eleições municipais de Dourados, marcada para o dia 06 de fevereiro, com candidatura própria”.

Ainda foi aventada a hipótese de ilegalidade da votação, quando é solicitado que “seja avaliado o comportamento da instância municipal e do secretário estadual de organização que participou e orientou os encaminhamentos feitos à revelia da legalidade interna, e que seja aplicado as medidas cabíveis e necessárias para restaurar a autoridade e a legitimidade das decisões superiores que foram desconsideradas”, numa clara solicitação de intervenção no diretório municipal através da cúpula nacional do partido, sem deixar de alertar quanto à necessidade de respostas rápidas, haja vista que “temos calendário apertado, visto que o prazo para a convenção é no dia 2 de janeiro e o registro de candidaturas é em 4 de janeiro”, finalizam.

 

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