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Política

Caso Tamiflu: "Se sabia é crime; se não sabia, é má administradora", diz Serra

20 setembro 2010 - 13h46Por com Redação Reuters

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, criticou a adversária Dilma Rousseff (PT) com base nas denúncias envolvendo a Casa Civil divulgadas pela imprensa.

O tucano questionou Dilma por afirmar que não sabia de um esquema que, segundo ele, dura até sete anos. "Então não tem capacidade de dirigir ou então era cúmplice. Não há uma terceira hipótese", disse Serra a jornalistas depois de caminhada na favela de Paraisópolis.

Denúncias publicadas pela imprensa derrubaram a ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra na quinta-feira. Ela substituiu Dilma em março quando a candidata, à frente nas pesquisas de intenção de voto, deixou o cargo para disputar as eleições.

O filho de Erenice, Israel, é apontado junto com o ex-assessor do ministério, Vinícius Castro, de fazer tráfico de influência no governo.

Para Serra, a população pode não entender o que é quebra de sigilo fiscal, mas que sabe bem o que significa propina para compra de medicamentos, referindo-se à mais nova denúncia envolvendo a Casa Civil.

"Muita gente no Brasil não entendeu o que é quebra de sigilo, embora seja um crime grave. Mas todo mundo entende, todo mundo sabe o que é corrupção, o que é mensalão, o que é propina", afirmou o candidato, acrescentando que "mais ainda, propina para compra de medicamentos, propina dentro da Casa Civil que é o coração do governo", disse Serra, referindo-se à denúncia publicada pela revista Veja envolvendo ex-assessor da Casa Civil.

O presidenciável tucano, ao ser questionado se a então titular da pasta, a candidata petista Dilma Rousseff, teria como saber da suposta irregularidade, ironizou: "De duas uma, se sabia é crime e se não sabia, não é boa administradora, porque anos e anos com esquema feito ao lado do gabinete com distribuição de propina até para compra de remédio, que é especialmente mórbido."

SAÚDE NEGA

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, rebateu em entrevista a jornalistas as acusações sobre irregularidades na compra do medicamento Tamiflu, usado no tratamento contra a gripe H1N1. Segundo ele, as compras foram realizadas diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários.

"Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da revista Veja, a Casa Civil não teve interferência neste processo", afirmou nota do ministério.

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