Visivelmente abalado, e se sentindo desconfortável em sua cadeira na sessão da Câmara, na noite de segunda-feira(13 de setembro), o vereador Júlio Artuzi, do PRB, e tio do prefeito impedido Ari Artuzi, que permanece preso em uma das celas do 3º DP (Distrito Policial) de Campo Grande, alegou inocência e afirmou que vai provar isso na Justiça.
“Não posso falar agora de que forma acabei me envolvendo neste episódio, mas sei que sou inocente e vou provar isso na Justiça e depois vou fazer um pronunciamento para o povo douradense, em especial para aqueles que depositaram seu voto em mim”, disse o vereador, pedindo para que não fizesse mais perguntas para ele.
Júlio Artuzi, apontado nas gravações feitas pelo secretário de Governo Eleandro Passaia como um dos envolvidos no escândalo que foi deflagrado pela PF (Polícia Federal) no início do mês com a operação “Uragano” (furacão, em italiano) e que resultou na prisão de sobrinho Ari Artuzi e da mulher dele Maria de Freitas Artuzi, do vice-prefeito Carlinhos Cantor e de outros oito vereadores, de empresários e dos indiciamentos de dois vereadores [Gino Ferreira, do DEM, candidato a suplência de Valdemir Moka (PMDB) ao senado da República nas eleições deste ano e de Dirceu Longhi, candidato a deputado estadual pelo PT no mesmo pleito], assegurou que está com a consciência muito tranqüila, embora tenha se sentido humilhado ao ser preso pelos federais.
“Sou um homem de muita fé em Deus, e Deus sabe que não merecia passar por tudo isso, agora vamos esperar pela Justiça dos homens ao lado de minha família que é tudo na minha vida e de meus verdadeiros amigos”, finalizou Júlio Artuzi que assim como o falecido irmão, Dioclécio Artuzi, que por dois mandatos foi também vereador, reside há anos na região da Vila Índio e têm uma participação ativa em favor da comunidade.
