O juiz Jonas Hass Silva Júnior, da 5ª. Vara Cível, deve julgar ainda hoje (10 de setembro) o pedido formulado ontem pelo Ministério Público Estadual (MPE), que requer por intermédio de uma medida cautelar o afastamento de 29 das 60 pessoas que estão sendo investigadas por eventual envolvimento no esquema desmantelado pela Polícia Federal com a “Operação Uragano” (furacão, em italiano).
A medida liminar proposta pelos promotores de justiça Paulo César Zeni, Claudia Loureiro Ocariz Almirão e Amílcar Araújo Carneiro Júnior tem como principal objetivo manter afastados dos cargos esses agentes públicos que teriam interferência direta no caso e poderiam, assim, atrapalhar o andamento das investigações. O pedido foi distribuído para a 4ª. Vara, porém o juiz titular, Carlos Alberto Rezende Gonçalves, encontra-se em licença médica.
O MPE quer o afastamento dos cargos, por um período mínimo de 30 dias, do prefeito Ari Artuzi [que está detido na cadeia pública de Campo Grande], a mulher dele Maria Aparecida de Freitas Artuzi, o vice-prefeito Carlinhos Cantor, os vereadores Sidlei Alves, Edvaldo Moreira e Humberto Teixeira Junior e os secretários já exonerados pelo prefeito interino Eduardo Rocha, Alziro Moreno e a mulher dele Tatiane Cristina Moreno, Ignez Boschetti Medeiros, Cláudio Marcelo Hall (Marcelão) e Dilson Cândido de Sá [todos presos em Dourados, os homens na Phac e as mulheres no Presídio Semi-aberto].
Também são pedidos o afastamento dos demais vereadores que foram presos e já estão soltos, Aurélio Bonatto, José Carlos Cimatti, Zezinho da Farmácia, Tio Júlio Artuzi, Marcelo Barros e Paulo Henrique Bambu, além dos servidores Jorge Hamilton Torraca, João Eder Kruger, Thiago Vinicius Ribeiro, Marlene Florêncio Vasconcelos, Dilson Deguti e Elton Olinski Farias, todos também já exonerados por Rocha, e o engenheiro da Prefeitura, José Humberto da Silva.
