A prisão do prefeito Ari Artuzi, acusado de comandar forte esquema de corrupção em Dourados, de acordo com investigações da Polícia Federal, fez com que os candidatos a deputado estadual que foram presos junto com ele recuassem na agenda de campanha que vinham cumprindo. Enquanto isso, o ex-prefeito Laerte Tetila, do PT, acelera os contatos com o eleitor
Os vereadores Aurélio Bonatto, do PDT, mesmo partido do prefeito e líder da bancada na Câmara, suspendeu toda a programação que estava marcada ainda para esta semana, até porque o coordenador geral da campanha dele, o outro vereador Edvaldo Moreira, também foi preso e ambos permanecem na Phac (Penitenciária Harry Amorim Costa).
O vereador de oposição ao prefeito, Marcelo Barros, do DEM, que apregoava o discurso de ser um candidato ficha limpa, e também foi preso na operação “Uragano” (furacão, em italiano), realizada pela Polícia Federal a partir das denúncias do secretário da Prefeitura, Eleandro Passaia, mantém a campanha suspensa. Passaia apresentou fitas gravadas onde aparece distribuindo propinas inclusive ao próprio Marcelo.
O outro candidato a vereador pelo DEM, Sidlei Alves, que também é o atual presidente da Câmara e que foi preso pela segunda vez [anteriormente, em julho do ano passado, já havia sido flagrado na operação Owari], orientou a assessoria a moderar na movimentação de campanha. A ordem agora é tentar reverter o impacto das denúncias.
Se os três candidatos presos enfrentam problemas declarados com a Justiça, os demais concorrentes, entre eles o ex-prefeito Laerte Tetila, decidiu acelerar o processo. A música da campanha “Tetila voltou” invoca os eleitores a refletirem sobre o voto agora “pra não se arrepender depois”. Da mesma forma, Zé Teixeira, do DEM e Dirceu Longhi, do PT, estão imprimindo maior volume na campanha para ocupar os espaços vazios temporários.