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Política

“Eu não quero ser ministro”, afirma Delcídio do Amaral

03 novembro 2010 - 20h10Por Redação Douranews, com Assessoria
O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) negou nesta quarta-feira, 3 de novembro, com veemência, as especulações veiculadas em alguns órgãos de imprensa de que ocuparia cargo no futuro ministério da presidente eleita, Dilma Roussef.

“Primeiro, é preciso deixar claro que eu não quero ser ministro. Em segundo lugar, eu não fui convidado e não irei para o executivo seja qual for o cargo. Fui reeleito com quase 827 mil votos – a maior votação já dada a um político em Mato Grosso do Sul – para continuar como Senador da República e vou honrar o compromisso assumido com a população de lutar, cada vez mais,  pelos nossos 78 municípios. Vou ajudar a Dilma no Congresso,  trabalhando pelo desenvolvimento do Brasil e do estado, trazendo recursos para as prefeituras e debatendo os grandes temas de interesse do país. Além do mais, tenho um projeto político claro e definido. Sou pré-candidato a governador em 2014 e para isso tenho que estar focado no meu estado. O resto não passa de mentira de quem só quer me prejudicar”, afirmou Delcídio durante entrevista concedida ao programa Noticidade, da Rede MS de Rádio.

O senador disse que, passadas as eleições presidenciais, é hora de organizar o PT para as próximas disputas que se darão em 2012 e 2014.

“Entendo que a expressiva votação que recebi nessas eleições me legitimaram para assumir o papel de protagonista dentro do partido em Mato Grosso do Sul. Nesta quarta-feira tivemos uma reunião com lideranças do  Movimento PT, Democracia Socialista  e do  PT de Luta e de Massas na qual fizemos uma  avaliação do quadro. A decisão foi a de promover a hegemonização do nosso grupo. Vamos trabalhar daqui pra frente de uma maneira até mais incisiva no sentido de ditar os rumos do partido, é claro que discutindo com a militância, democraticamente e de forma transparente. Avaliamos os  reflexos da  eleição no  projeto para a disputa  das prefeituras e do governo do estado,  para que o PT tome um rumo que majoritariamente hoje é conferido pela Executiva, pelo Diretório Regional e pelos diretórios municipais”, revelou.

Delcídio adianta que as correntes que o apóiam dentro do PT vão exercer, de fato, o comando do partido.

“Não vamos mais contemporizar. A decisão agora é de consolidar a hegemonia que já temos, de forma articulada, coordenada, consistente, competente, sem levar o partido para debates absolutamente inócuos, onde lamentavelmente a baixaria prevalece. Temos que fazer a grande política. Estamos vivendo um momento muito especial com a eleição da presidente Dilma e temos um campo enorme pela frente. O presidente do Diretório Regional, Marcus Garcia, fez um excelente trabalho na coordenação da campanha presidencial em nosso estado . Agora, vamos trabalhar no sentido de fortalecer nossas lideranças, ajudar a população do nosso estado e buscar espaços no futuro governo. Esse é o foco. A partir de agora não teremos mais nenhum tipo de complacência. Vamos exercer a hegemonia e quando houver divergência vamos resolver no voto”, explicou.

Durante a entrevista, o senador evitou polemizar com o ex-governador Zeca do PT, que recentemente o atacou através da imprensa.

“O Zeca tenta fazer um debate público comigo,  mas está perdendo tempo. Não vou fazer nenhum tipo de debate com ele através da mídia. O debate nosso é dentro do partido e não um debate pessoal, que não agrega nada. Esse tipo de política é ultrapassado. O ex-governador precisa ficar bastante atento para não ficar à margem das decisões. Ele continua sendo respeitado como liderança do partido, mas precisa entender que as instâncias de onde emanam as decisões são a Executiva e o Diretório Regional”, ponderou.

Delcídio não tem dúvida do sucesso da futura administração de Dilma Roussef.

“O governo da Dilma será um governo onde o mérito de seus integrantes vai ser prioridade. Ela tem a mesma formação que eu tenho. No setor de energia,  nós sempre trabalhamos onde o mérito é absolutamente necessário e precisa prevalecer. Por isso,  não tenho dúvida de que vai ser um governo da meritocracia, sem abandonar as questões políticas, e preservando os pilares da macroeconomia, com dólar flutuante, controle sobre a inflação e equilíbrio fiscal. Ela não só dará continuidade aos programas iniciados pelo presidente  Lula, mas também vai inovar,  avançando sempre,  para que o Brasil seja cada vez mais fraterno, solidário e feliz. A Dilma já deu sinas claro de que deseja o dialogo, harmonia, discutindo o que realmente é importante para o país e se preparou para isso. A futura presidente tem idéias claras e bastante objetivas e vai fazer o governo dela, olhando a saúde, a segurança, a educação e os investimentos que o Brasil precisa para gerar mais empregos, enfim, prosseguindo na construção de um país de todos”, previu o senador.


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