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Política

Cabos eleitorais do PT e PSDB se enfrentam no Rio

20 outubro 2010 - 18h47Por Redação Douranews com Terra

O calçadão de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, virou uma praça de guerra entre militantes do PT e PSDB nesta quarta-feira (20). Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff, um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente do local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o tumulto acabou em confusão entre os dois lados.

Os petistas iniciaram o protesto carregando faixas com as inscrições "Serra e FHC, aposentado não é vagabundo", em alusão a uma frase de FHC de que aposentar aos 50 anos seria coisa de vagabundo (o ex-presidente sempre se defendeu dizendo que a frase não teria sido essa e que a afirmação havia sido descontextualizada) e "Serra e FHC querem vender a Petrobras", acusação que vem sendo repetida pela propaganda da candidata petista (o ex-presidente e o candidato tucano negam essa intenção).

Um grupo de funcionários da Fundação Nacional de Saúde, conhecido como "mata mosquitos", demitidos no governo FHC, também protestaram contra Serra, atribuindo às demissões a epidemia de dengue ocorrida em 2001, quando Serra era Ministro da Saúde - outra epidemia semelhante ocorreu em 2004 no Rio de Janeiro, quando Lula já era presidente.

Os "mata-mosquitos" chamaram Serra de assassino, sendo respondidos por gritos de simpatizantes do tucano, que chamaram Dilma de assassina, em alusão à sua participação no grupo VAR-Palmares, que cometeu atentados durante a ditadura militar.

Serra se irritou com xingamentos e se virou para os protestos adversários, mas antes de manifestar qualquer reação, o candidato a vice, Indio da Costa (DEM), puxou Serra de volta para a caminhada.

Mas, na passagem entre uma banca de jornal e duas drogarias, chegou a haver troca de agressões, quando cabos eleitorais de Dilma fecharam a passagem dos simpatizantes de Serra, que iam sentido à estação de trem de Campo Grande. Com a confusão, mais de 20 lojas fecharam as portas temendo depredações, entre o calçadão de Campo Grande e a rua Viúva Dantas.

Serra, que chegou a ser impedido pelo dono de entrar em uma da lojas para se proteger da confusão, deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto jogado. Segundo um dos seus seguranças, teria sido um rolo, provavelmente de adesivos, que estaria com os militantes do PT. Uma assessora do candidato tucano também afirmou ter levado um soco na boca do estômago durante o tumulto.

Diante da briga entre petistas e tucanos, Serra comparou a ação dos cabos eleitorais da candidata rival a movimentos fascistas. "O PT tem tropa de choque. Lembra das tropas nazistas? Isso é típico de movimentos fascitas", afirmou.

Segundo o ambulante Deivid Nilson de Oliveira, 22 anos, que estava exatamente no local que começou o choque, as agressões teriam começado depois que o candidato derrotado a deputado estadual pelo PT Sandro Cezar, conhecido como Sandro "Mata Mosquito", puxou uma bandeira dos cabos eleitorais de Serra. Sandro negou, alegando que antes, um de seus cartazes havia sido rasgado por cabos eleitorais do PSDB.

De acordo com outro vendedor, mais adiante, ainda no calçadão, o ex-candidato a deputado estadual Edson Zanata (PT) empurrou partidários de Serra, entre eles o filho da deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), que tem base eleitoral em Campo Grande. O mesmo vendedor também afirmou que, durante a troca de socos, um militantes do PT saiu com o supercílio cortado.

Após a pancadaria, depois que Serra deixou o calçadão de Campo Grande, a maior parte dos cabos eleitorais do PT foi embora. Apenas cerca de 30 militantes do PT permaneceram reunidos em grupos, sem gritar as palavras de ordem que entoavam durante a passagem do candidato tucano.

 

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