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Política

Jornal diz que vereadora sofre ameaças por insistir em apurar 'farra da publicidade'

21 junho 2021 - 13h57

A vereadora Lia Nogueira (PP), autora das denúncias que envolvem uma triangulação entre o prefeito Alan Guedes e a agência oficial de publicidade da Câmara com o dono do jornal DiárioMS e atual chefe de Gabinete da Prefeitura, Alfredo Barbara Neto, sobre o suposto desvio de R$ 800 mil dos cofres do Poder Legislativo quando o atual prefeito era o presidente do Legislativo, pode ser a próxima a enfrentar pedido de cassação depois da fracassada tentativa de tirar do cargo o médico Diogo Castilho (DEM), cujo pedido foi arquivado na semana passada.

O jornal Folha de Dourados publica, nesta segunda-feira (21), que a jornalista vem recebendo “avisos e conselhos”, na forma de ameaças veladas, de que o mandato de vereador corre o risco de ser cassado pela “tropa de choque” do prefeito Alan Guedes (PP) na Câmara. Nas entrelinhas, segundo o jornal, o recado é obvio: Se continuar a mexer nesse vespeiro, continuar a investigar a “farra da publicidade”, a cassação do mandato (que lhe fora outorgado pelo povo) será o próximo alvo do ‘núcleo duro’ do poder local.

Como escreve o jornalista José Henrique Marques [aliás, um dos alvos do boletim registrado na Polícia por Guedes e Barbara, juntamente com os jornalistas Clóvis de Oliveira, Valfrido Silva e Silva Junior, no sentido de tentar barrar a divulgação desse que é um dos maiores escândalos da atual administração], “tudo indica que o modus operandi para tentar tirar o mandato de Lia Nogueira será o mesmo utilizado na tentativa de cassar Diogo Castilho há 15 dias, acusado de quebra do decoro parlamentar por Luan Padilha de Araújo”, fracassado por decisão majoritária do Plenário da Câmara. O vereador do DEM teria infligido o toque de recolher quando jantava em um restaurante da cidade.

Durante a sessão da Câmara que analisou o ‘caso Diogo’, inclusive, o vereador Elias Ishy (PT) sinalizou que “onde há ameaça de irregularidade, deve haver investigação”, embora considerando que no pedido para tirar o mandado de Diogo “parece ter havido uma pendenga de caráter pessoal”, porém, o ato dele indica que vai assinar eventual requerimento de instalação da CPI da ‘Farra da Publicidade’ a ser proposto por Lia Nogueira já que sempre se mostrou, ao logo dos mandatos que ocupa na Casa, intolerante com ações incompatíveis à transparência do exercício da atividade pública.

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