O vereador Diogo Castilho (DEM) se manifestou contra a medida adotada pelo prefeito Alan Guedes (PP) e o Chefe de Gabinete dele na Prefeitura, jornalista Alfredo Barbara Neto, de procurarem a Polícia para propor inquérito investigatório contra quatro jornalistas de Dourados, pela repercussão de matéria abordada na sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira (17) passada, a respeito de gastos desproporcionais aplicados com publicidade na gestão de Guedes como presidente do Legislativo.
“Censura é a omissão de informação, tentar calar a boca da imprensa sugere que se tem rabo preso, que existe alguma situação errada”, definiu o vereador, que é médico, presidente da Comissão de Saúde da Câmara e membro da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta para investigar o destino dado aos recursos encaminhados pelo Governo para o tratamento da Covid-19 no Município. Ele foi entrevistado na manhã deste sábado (22) na rádio Grande FM.
Diogo Castilho citou que os vereadores também não estão isentos dessa prática adotada pela atual gestão. “Na sessão de segunda-feira a líder do Governo tentou tirar dois requerimentos de colegas vereadores da pauta, simplesmente porque estavam buscando informações para situações mal esclarecidas”, afirmou o vereador do DEM, observando que o fato de boa parte dos atuais legisladores não integrarem a base do prefeito na Casa tem gerado esse desconforto.
Jornalistas Osvaldinho Duarte e Cícero Faria entrevistam o médico e vereador Diogo Castilho
Ele próprio tem sido alvo de investidas por ter sido visto deixando um restaurante da cidade 15 minutos depois do início do toque de recolher, no começo do mês. “Estão tentando tirar o meu mandato porque fiquei na fila pra pagar a conta e passou do horário”, contou dr Diogo, informando aos radialistas Osvaldinho Duarte e Cícero Faria, no programa ‘Espaço Aberto’ da rádio Grande FM que a autoria é de um membro de agência de publicidade, a mesma que está envolvida na questão que inclui o pagamento de mais de R$ 800 mil feito por Alan Guedes como presidente da Câmara ao jornal do atual chefe de Gabinete dele na Prefeitura.
"Censura, ou perseguição, o que está acontecendo em Dourados?", indagou, ainda o vereador médico.
