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Política

Carimbado e assinado: Alan ‘passa recibo’ em denúncia de vereadora e quer calar Imprensa

21 maio 2021 - 02h08

No mesmo dia em que Dourados encerrou o expediente hospitalar com 39 pessoas aguardando na fila por uma vaga de UTI para internação por conta da Covid-19 e a Prefeitura tornou públicos os dados pessoais, com nome, data de nascimento e número do CPF, de mais de 42 mil douradenses, facilitando a ação de estelionatários e hackers, em nome da ‘transparência da vacinação’ no Município que é o último colocado em imunização no Estado, o prefeito Alan Guedes se preocupou em procurar a Delegacia de Polícia para registrar BO (Boletim de Ocorrência) contra o jornalista Clóvis de Oliveira, do DOURANEWS e outros três profissionais da imprensa local: Valfrido Silva, do blog Contraponto, José Henrique Marques, da folhadedourados e Silva Junior, da GazetaMS.

O prefeito Alan Guedes se diz vítima de calúnia ‘contra funcionário público em razão de suas funções’, e ainda envolveu o assessor direto, jornalista Alfredo Barbara Neto em mais uma enrascada: convenceu o ainda Chefe de Gabinete da Prefeitura a assinar junto a petição para que a Polícia instaure inquérito contra os jornalistas “por repercutirem em seus meios de comunicação acusação feita segunda-feira (17) pela vereadora Lia Nogueira (PP)”, durante a sessão da Câmara de Dourados.

A jornalista, radialista e bacharel em Direito, eleita no palanque de Alan Guedes, e companheira de partido do atual prefeito, usou a tribuna durante a sessão desta semana para mostrar, em uma série de documentos, a suspeita de que a Câmara de Vereadores pagou, apenas durante a gestão de Guedes como presidente, valores da ordem de R$ 800 mil apenas para o site e o jornal Diário MS, de propriedade de Alfredo Barbara, nomeado chefe de Gabinete assim que o ex-presidente do Legislativo assumiu a Prefeitura.

REINCIDENTE

Em termos de tentar intimidar quem reproduz fatos e divulga notícias, aliás, Alan Guedes já vem se notabilizando como um expert perdedor. Ainda durante a campanha eleitoral, tentou imputar ao DOURANEWS a acusação de ter propagado o que chamou de ‘fake news’, da entrevista gravada em vídeo com a prefeita da época, Délia Razuk, temendo que a associação pudesse prejudica-lo na disputa da Prefeitura.

Em setembro do ano passado, assim que anunciou a escolha do médico Guto Moreira, ‘com as bênçãos de Délia Razuk’, para ser o candidato a vice-prefeito da chapa dele, o atual prefeito investiu contra o DOURANEWS, exigindo a supressão do conteúdo da página na internet, o ‘direito de resposta’ e a retirada do site do ar.

Na ocasião, o Promotor de Justiça João Linhares Junior, da 4ª. Promotoria de Justiça de Dourados e respondendo pela Promotoria Eleitoral, sustentou que “o exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender até mesmo críticas para qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado” e o juiz José Domingos Filho sentenciou:

- O veículo de comunicação deu uma notícia baseado em fatos da entrevista concedida pela atual prefeita de Dourados, opinando acerca do quadro político no Município e a sua preferência de nomes. Daí, a liberdade de imprensa assim como posta, está clara e abrangentemente livre. Não há de sofrer constrições”.

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