“O PT apresentou nas últimas eleições um projeto para Dourados muito distinto do proposto pelo atual prefeito que faz parte, inclusive, da base de um partido que aprovou a ‘PEC da morte’, que congelou por 20 anos os investimentos em saúde e educação e seria bom o prefeito explicar para a população os impactos diretos dos problemas de saúde e educação em Dourados, relacionados a esse fator”.
As declarações, obtidas pelo DOURANEWS, são do professor João Carlos de Oliveira, o Joca do PT, presidente do Diretório Municipal do PT (Partido dos Trabalhadores) e ex-candidato a prefeito pela legenda nas eleições de novembro do ano passado em Dourados. Ele disse, neste sábado (15), que a legenda não faz parte da base de apoio do prefeito Alan Guedes (PP) e que o único vereador, reeleito nas eleições de 2020, o bancário aposentado Elias Ishy, também segue essa orientação.
O projeto do PT é bastante antagônico ao da atual administração, justifica o ex-candidato. Nas eleições passadas o partido apresentou a candidatura própria de Joca como proposta “de um projeto alternativo, priorizando educação, saúde, geração de renda, valorização do servidor, com propostas bem diferente das que o prefeito atual defende”, disse o professor.
A respeito, ele citou os impactos diretos que devem ser provocados pela Reforma Administrativa, em debate no Congresso e já denunciada pelo PT “por desqualificar o servidor público, e que vai afetar também Dourados”, além da Saúde, como as implicações da pandemia que vão além da falta de vacina, “mas se concentram na indiferença e irresponsabilidade do Governo, cujos efeitos também geram problemas para Dourados”.
PEC da morte
'PEC da morte’ é como ficou conhecida a emenda constitucional 95, de 2016, aprovada na Câmara dos Deputados e a PEC 55/2016, no Senado Federal, que impactou diretamente nos gastos da União com a educação e saúde pública, responsável, segundo o dirigente petista, “por recolocar o Brasil no ‘mapa da fome’, com centenas de famílias de Dourados, inclusive, em situação de vulnerabilidade social”. O partido já realizou duas campanhas de arrecadação de alimentos e agasalhos para esse grupo que se enquadra na linha mais frágil de pobreza.
