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Política

Berenice diz que está difícil trabalhar na Saúde, ‘sob pressão’ de Geraldo

06 julho 2020 - 18h30

A secretária municipal de Saúde da Prefeitura de Dourados, Berenice de Oliveira Machado, confirmou ao Douranews no começo da tarde desta segunda-feira (6) que “está muito difícil” de manter as atividades na pasta, nessa cruzada contra o coronavírus, diante das pressões que vem recebendo de todos os lados, mas, principalmente, segundo ela, por parte do secretário estadual Geraldo Resende.

Ao comentário que circula no começo desta semana em Dourados de que a secretária já estaria demissionária do cargo, Berenice nem confirmou, nem desmentiu. “Eu posso sair a qualquer momento, o cargo não é meu, é da prefeita, mas, por enquanto, não existe nada disso. É só o Geraldo deixar a gente trabalhar, não ficar incomodando a todo momento...”

A secretária de Saúde disse que ainda não foi informada, oficialmente, do inquérito civil instaurado pelas Promotorias do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em Dourados, com prazo de cinco dias para que a Prefeitura “concretize os leitos de UTI adulto que foram habilitados e reclassificados para o atendimento da Covid-19”, entre outras medidas, como um novo contrato com o Hospital Santa Rita para a ocupação dos cinco leitos habilitados de UTI pela unidade particular de Dourados.

“O contrato com o Santa Rita já foi concluído, está tudo certo”, relatou Berenice, atribuindo o problema da taxa de ocupação hospitalar no limite em relação à microrregião de Dourados ao que chamou de ingerência do secretário estadual de Saúde.

“O Geraldo encheu o HU (Hospital Universitário) de respiradores, sendo que eles não tem profissionais para operar com esses equipamentos e não vão conseguir montar os 30 leitos que ganharam da JBS”. Enquanto isso, de acordo com Berenice, o Hospital Regional de Cirurgias, que o Estado montou em Dourados [na esquina da rua Coronel Ponciano com a avenida Weimar Torres], “virou um elefante branco, com 32 leitos clínicos, só de baixa complexidade, mas que poderia muito bem estar equipado para funcionar como hospital de campanha na emergência do combate ao coronavírus”.

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