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Política

Índios de Caarapó acampam em frente ao STF por demarcações

27 junho 2019 - 12h47

Integrantes de comunidade indígenas Guarani Kaiowá do tekoha Guyraroka fazem uma vigília em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília desde a quarta-feira (26), reivindicando a demarcação de terras no município de Caarapó. Nesta quinta (27), o STF deverá decidir, no plenário, se mantém ou não a anulação da demarcação da Terra Indígena que compreende a região.

O grupo protesta também contra o fim do marco temporal que prevê que indígenas só teriam direito à demarcação de terras que estivessem sob suas posses em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal. Assim, aqueles que estavam fora dessas áreas à época ficariam impedidos de voltar para os territórios.

Para o líder do movimento Atyguaçu Guarani, Eliseu Pereira, de 43 anos, a ação é considerada um genocídio para a comunidade indígena e tem gerado constantes conflitos no campo, responsáveis por, ao menos, 24 assassinatos ocorridos em 2018. Foram cinco mortes envolvendo indígenas e quilombolas.

A Funai (Fundação Nacional do Índio) afirma que são no total 567 terras indígenas no Brasil e 116 terras em estudos. Mas o líder guarani contesta. Afirma que eles não têm espaço em Mato Grosso do Sul, além de sofrerem todo tipo de violência, seja verbal a física. “Nós queremos que parem de matar nossas lideranças e que haja Justiça”, afirma Eliseu Pereira.

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