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Política

Secretário não trouxe os recursos esperados para a Saúde de Dourados

10 março 2019 - 19h04

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende Pereira, preferiu ignorar o pleito da macrorregião de Dourados – que ainda aguarda pelo repasse da ordem de R$ 5 milhões que o Estado deve pelo atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) oferecido a pacientes de mais de 30 cidades – durante a visita midiática promovida sexta-feira (8) ao Município.

Além de não falar nada sobre os recursos esperados pela prefeita Délia Razuk para continuar atendendo a população de toda essa região, e nem se manifestar sobre o caos praticamente instalado nas estruturas do Hospital da Vida e da UPA, onde os próprios servidores já afirmaram que estão no limite do racional, Geraldo ainda submeteu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao constrangimento de ter que enfrentar servidores da Saúde Indígena, também ansiosos por explicações da pasta.

O ministro da Saúde havia questionado, no final de janeiro, durante reunião com integrantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o repasse anual de R$ 450 milhões à ONG Missão Evangélica Caiuá, de Dourados, ao revelar que o Ministério direciona R$ 1,4 bilhão todos os anos para a saúde indígena no Município.

“Do montante, R$ 690 milhões são direcionados para ONGs na qual a organização de Dourados recebe mais da metade”, afirmou, desconhecendo a informação técnica de que a base do Hospital da Missão é responsável pelo atendimento prestado a comunidades de pelo menos outros seis estados brasileiros.

Na sessão da Assembleia Legislativa, no final de fevereiro, o deputado Neno Razuk (PTB), que é filho da prefeita de Dourados, apresentou requerimento cobrando explicações do Governo do Estado sobre o motivo e, principalmente, se há alguma previsão para que os recursos da Saúde sejam repassados. Ele mostrou que até o início do mês passado os valores chegavam a R$ 4.327.060,46, contabilizando atrasos desde junho do ano passado.

"É uma situação que prejudica o atendimento à população, que precisa do serviço. Lembrando ainda que quando falamos no prejuízo à população não estamos nos limitando apenas a Dourados, mas também à população de quase 30 cidades do entorno que também dependem do perfeito funcionamento do sistema", cobrou o deputado.

Obras

Geraldo e Mandetta preferiram deixar a Saúde Pública de lado e se preocupar com obras. Falou que a primeira etapa do Hospital da Mulher, que demanda investimentos de R$ 34 milhões, já teve liberados, no ano passado, R$ 28 milhões, sendo R$ 9 milhões provenientes de emenda parlamentar e R$ 19 milhões oriundos do Ministério da Educação, articulados pelo atual secretário Geraldo Resende ainda quando exercia o mandato de deputado federal, com apoio de outros membros da bancada.

Sobre o Hospital Regional falou que, de um investimento global de mais de R$ 53 milhões, investimento conquistado pelo secretário Geraldo Resende (na época deputado federal) com o apoio de outros membros da bancada e do governador Reinaldo Azambuja. Deste valor, R$ 14,7 milhões foram creditados pelo Ministério da Saúde ao governo do Estado no último dia 20 de dezembro, conforme a assessoria do ex-deputado e agora secretário.

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