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Política

Entidades protocolam manifesto de apoio a investigações contra vereadores

19 fevereiro 2019 - 20h42

O Simted (Sindicato dos trabalhadores na Educação de Dourados) protoclou, na tarde desta segunda-feira (18),  juntamente com outros sindicatos e movimentos sociais, na Câmara de Dourados, uma nota de apoio à abertura de procedimentos éticos cabíveis na investigação de casos de corrupção no legislativo do município.

"Em um país assolado por uma crise histórica de cunho político, social e a reboque econômico, visível, por exemplo, desde 2016, com a aprovação da emenda constitucional sob o número 95, que congela repasses de verbas para a educação e saúde públicas, atrelada à reforma trabalhista, ambas que precarizam ainda mais a vida de grupos/pessoas já históricamente marginalizados pela ação e omissão do Estado brasileiro, torna-se fundamental que a Câmara de Vereadores promova os procedimentos cabíveis contra atitudes que reiterem ações contra o erário público como as de corrupção por parte de vereadores", diz a nota assinada em conjunto pelas entidades.

 

Veja a Nota Pública assinada pelas entidades:

 

"NOTA PÚBLICA: Condenamos a corrupção e a
sonegação independente do seu núcleo de origem
As entidades classistas vêm a público reafirmar suas históricas posições em
relação a atos de corrupção e sonegação em todas as esferas da União.
CORRUPÇÃO: No contexto municipal, apoiamos a ação do MPE em relação as
denúncias envolvendo vereadores, ex-vereador, ex-servidores e empresários, assim como
o processo de cassação dos mandatos dos vereadores envolvidos, processo esse já
instaurado na Câmara, bem como apoiamos e cobramos o aprofundamento das
investigações sobre a “Operação Purificação”, que apura fraude em licitação na área da
Saúde em Dourados.
Em relação ao Estado, a nossa posição não é diferente, no que se refere as devidas
punições dos envolvidos em todos os atos de corrupção, por exemplo, na construção do
Aquário do Pantanal, na operação “Lama Asfáltica”, no caso JBS entre outros, que como
é de domínio público foi fruto de diversas operações da Polícia Federal, inclusive,
resultando em prisões de ex-governador, ex-deputado federal e de deputado estadual.
Na esfera Federal registramos a mesma posição, cobrando investigações e
esclarecimentos em relação a todas as denúncias de corrupção em todos os governos,
inclusive neste que acaba de assumir a presidência empunhando a bandeira da
honestidade.
Exigimos uma investigação isenta e imparcial em todos os casos. No atual
governo citamos o “Caso Queiroz”, as nomeações suspeitas de pessoas ligadas as
milícias, assim como na questão do “Caso dos Laranjas do PSL”, partido do atual
presidente da república.
SONEGAÇÃO: Condenamos a sonegação de impostos, prática tão ou mais vil
que a corrupção, visto que neste caso os desvios de dinheiro público que deveria ser
aplicado para o bem comum da coletividade é surrupiado antes de entrar nos cofres dos
municípios, estados e da própria união.
No Brasil, as perdas devido a sonegação de impostos correspondem a um valor
sete vezes maior do que é desviado por corrupção. Segundo especialistas, ao ano, cerca
de R$ 500 bilhões deixam de ser arrecadados, e o que é pior, a maioria dos sonegadores
são também corruptos e corruptores.
Some-se a isso outros R$ 400 bilhões que o governo dá em isenções fiscais, além
de mais R$ 400 bilhões em juros pagos aos bancos. Por falar em bancos, lembramos que,
enquanto na Europa o máximo cobrado ao consumidor nas compras a prazo é 13% ao
ano, no Brasil a média é de 129%. Um absurdo.
Portanto, é fácil concluir a origem da crise que as elites insistem em querer jogar
as custas aos trabalhadores e trabalhadoras e aos menos favorecidos.
DIREITOS: As forças econômicas e políticas que tomaram o poder, em nome da
crise que são os protagonistas, querem nos impor uma agenda ultraliberal que inclui
privatizações, extinção de políticas públicas, cortes de direitos, sejam trabalhistas,
previdenciários, humanos ou civis. Não mediremos esforços em continuar denunciando,
combatendo e condenando esta prática desonesta e arcaica.
Por fim, reafirmamos a nossa posição contra toda e qualquer prática de sonegação
e corrupção, seja ela nas esferas públicas ou privadas, assim como condenamos a
denúncia e condenação seletiva, seja ela de cunho pessoal ou por grupos com finalidades
escusas."

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