Menu
Buscarterça, 23 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
21°C
Política

Futuro ministro diz que Enem servia como 'instrumento de ideologização'

23 novembro 2018 - 13h06

Futuro ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Ricardo Velez Rodriguez escreveu no início de novembro que o órgão responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) entende as provas "mais como instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino".

Rodriguez foi anunciado para o posto nesta quinta-feira (22). Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro em 1997, ele é autor de mais de 30 obras e professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército. O professor é mestre em pensamento brasileiro pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro; doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho; e pós-doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron.

A declaração sobre o Enem foi publicada em 7 de novembro no blog mantido pelo futuro ministro, data em que, segundo ele, o filósofo Olavo de Carvalho o indicou a Bolsonaro como uma das opções para comandar o Ministério da Educação. No texto, o futuro ministro propõe mudanças na pasta, com o objetivo de "enquadrar o MEC no contexto da valorização da educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios, que é onde os cidadãos realmente vivem".

Para Rodriguez, os brasileiros se tornaram "reféns" de um sistema de ensino "alheio às suas vidas" e "afinado" com uma tentativa de impor a "doutrinação de índole cientificista e esquistada na ideologia marxista".
O Enem é aplicado no Brasil desde 1998. Ao longo do tempo, passou a ser usado para certificação do ensino médio, seleção de bolsas de estudo e critério de acesso às universidades federais.

De acordo com o MEC, 1.434 instituições de ensino superior adotam o Enem como critério de entrada, via Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Prouni (Programa Universidade Para Todos). Outras 35 instituições de Portugal também usam as notas do Enem para avaliar candidatos e o desempenho do estudante é usado ainda para inscrição no Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil. Em 2018, a prova teve 5,5 milhões de inscritos, lembra reportagem do portal G1.

Deixe seu Comentário

Leia Também