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Política

Polícia Federal reabre investigação sobre propinas pagas a Geraldo Resende

07 setembro 2018 - 15h50

Atendendo despacho encaminhado no final de agosto pelo ministro Marcio Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), a PF (Polícia Federal) vai retomar a investigação para ampliar a devassa nas contas do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), apontado como favorecido no recebimento de propinas em troca da liberação de emendas parlamentares em ação desencadeada a partir da Operação ‘Uragano’ [Furacão, em italiano] desencadeada em 2010, envolvendo ainda o então prefeito Ari Artuzi, vereadores da época, empresários e assessores do Município.

O jornalista Edvaldo Bitencourt, titular do blog ‘Jacaré’, que repercute os principais fatos políticos e informações de escândalos no meio, publicou quarta-feira (4) que Geraldo Resende, candidato ao quinto mandato, e o ex-colega dele em Brasília, atual vereador e candidato a deputado estadual Marçal Filho (PMDB), foram citados em gravações feitas pelo secretário de comunicação da Prefeitura, Eleandro Passaia. De acordo com a denúncia, ele agilizava a liberação das emendas em troca de propina. Passaia hoje é funcionário da Rede Massa, e atua no ramo de TV em Curitiba.

No período investigado, apesar de anunciar que fazia oposição a Artuzi, Resende conseguiu a liberação de R$ 3 milhões entre 2007 e 2010. Nesse período, informações do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal revelaram depósitos de R$ 132,3 mil nas contas do tucano, sendo que só R$ 24 mil teve o próprio deputado como depositante identificado, segundo o blog.

A investigação corre desde 2011, mas, a partir de agora, por determinação do ministro Marco Aurélio, vai se desenvolver em segredo de Justiça, ou seja, sem acesso público. Geraldo disse que não teme nova investigação. “Não tem fato novo. Eles pediram de novo aquilo que já pediram há seis anos e eu voluntariamente levei lá. A Procuradoria-Geral da República está perdida, tentando de alguma forma achar algo de ilícito na minha atividade política. É uma mera repetição de pedidos feitos anteriormente pela PGR”, afirmou ao jornal eletrônico Campo Grande News.

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