O portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulga o deferimento da candidatura à reeleição do deputado federal Vander Loubet, do PM-MS, mesmo depois que a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) o tenha tornado réu na operação Lava Jato, por envolvimento em esquema de corrupção que agia na BR Distribuidora. Em decisão de abril deste ano, a Corte decidiu, por unanimidade, pela abertura da ação penal contra o parlamentar sul-mato-grossense.
Além de Loubet, Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-ministro do governo Collor) e Ademar Chagas (cunhado de Loubet) também foram incluídos na denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria Geral da República)em dezembro de 2015. Na ocasião, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também havia denunciado Roseli da Cruz Loubet (mulher do deputado do PT) e Fabiane Karina Miranda Avanci (sócia de Chagas). No entanto, os ministros da Segunda Turma não aceitaram a denúncia contra as duas.
Os magistrados viram indícios de que Vander Loubet – atualmente exercendo o quarto mandato consecutivo na Câmara - e Ademar Chagas cometeram os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva por envolvimento em desvios na subsidiária da Petrobras.
O deputado sul-mato-grossense é suspeito de fazer parte do núcleo político que integrava o esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras. A PGR afirma que o o grupo político do parlamentar petista recebeu cerca de R$ 1 milhão em propina entre 2012 e 2014. Segundo ainda a PGR, ele teria dissimulado a origem dos valores pagando fornecedores de campanha eleitoral em 2012, conforme reproduziu na época o portal G1.