A senadora Simone Tebet (MDB) entregou na noite deste domingo (12) o presidente do partido em Mato Grosso do Sul, senador Waldemir Moka, uma carta em que anuncia a desistência da tentativa de concorrer ao cargo máximo do Estado nas eleições de outubro. A senadora alegou, após uma semana da convenção realizada sábado (4) passado, “pressão familiar” para desistir do pleito. Ela teve o nome indicado na convenção dos emedebistas para substituir o do ex-governador André Puccinelli, que era o pré-candidato do partido até ser preso no dia 20 de julho passado.
“Conhecendo meus problemas de ordem pessoal, recebi apelos contundentes da minha família para não ser candidata. Assim, acatando ao apelo de meus familiares, renuncio à minha candidatura ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo MDB”, afirmou Simone Tebet no ofício encaminhado na noite deste domingo ao senador Moka.
No mesmo documento, ela critica a prisão do ex-governador André Puccinelli, e sugere o nome do procurador de Justiça, Sérgio Harfouche, até então vice na chapa dela, como o nome para encabeçar a disputa ao Governo estadual. Por enquanto, até que seja equacionada essa situação do MDB e aliados, permanecem na disputa ao Governo o ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) e o atual governador Reinaldo Azambuja, que concorre pelo PSDB à reeleição.
“Não posso – e os emedebistas e o povo sul-mato-grossense não podem – compreender como ‘normal’ a prisão de um candidato a governador às vésperas da eleição, sem prévia condenação. Vimo-nos, então, obrigados a reagir a esse novo quadro de forma imediata, levados pela emoção e ainda chocados com as medidas que lhe foram impostas”, afirmou Simone. Em outro trecho, ela lembrou que a candidatura do ex-governador já estava viabilizada. “Nosso partido estava, até duas semanas atrás, com a sua campanha totalmente estruturada em torno do nosso candidato natural ao Governo do Estado, André Puccinelli”, frisa.