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Política

Takimoto diz que Dourados e região sofrem com baixa representatividade política

25 junho 2018 - 11h57

Atualmente concluindo o segundo mandato como deputado estadual, o médico George Takimoto define a trajetória de vida e a caminhada política em Mato Grosso do Sul como de uma pessoa competida com o trabalho. Natural de Lavínia, no interior de São Paulo, veio novo para Dourados, com a família. Estudou no Colégio Dom Bosco de Campo Grande e depois formou-se em medicina na Faculdade da Santa Casa de São Paulo.

"Não ouso falar muito e nem tampouco aparecer muito. Mas, tenho uma folha de serviços prestados à população que me orgulha e me motiva em querer continuar trabalhando, inclusive, como ficha limpa, na vida pública", se autodefine ao Douranews o deputado douradense, que também já foi vice-prefeito de Dourados, deputado federal [participou, inclusive, da elaboração da Constituição de 1988] e vice- governador.

Mesmo no estilo 'silencioso', "talvez pela minha descendência nipônica", admite o deputado, Tekimoto revela uma folha de serviços prestados à população em diferentes setores da comunidade. Cita o Caic, no bairro Terra Roxa, uma das maiores escolas de ensino integral de Dourados e a criação da Universidade Estadual, com sede em Dourados, e os recursos para a obra de canalização do córrego Rego D'dágua, "obra cara, e que ninguém dá valor, mas trouxe", observa.

"Viabilizei recursos para a implantação da Escola Agrícola Padre André Capelli, no distrito de Panambi, que funciona, plenamente, até hoje e idealizei e apresentei o primeiro projeto do anel viário de Dourados, conhecido por Perimetral Norte, inclusive, trazendo o primeiro aporte de recursos para essa obra".

O deputado diz que é dele, também, a primeira ideia para a criação e implantação do Hospital Universitário de Dourados, à época Santa Casa. "Tudo começou com uma audiência que tive com o então ministro Alceni Guerra, que, de pronto, concordou comigo. A partir daí iniciaram-se as tratativas sobre a obra. Hoje, o HU é o maior hospital do interior do Estado. Também fui o primeiro deputado a trazer recursos de Emenda Federal para a sua construção", lembra, acrescentando ainda o trabalho para viabilizar o então Hospital de Vila Vargas, "de importância estratégica não só para aquele distrito, mas, também, para todos os demais distritos e comunidades rurais daquela região".

Justificando a dedicação pela profissão, o deputado ainda participou da construção e implantação dos hospitais Santa Rita e São Luiz, ambos de Dourados e, mais recentemente, o Hospital Regional, "que está para acontecer, modéstia à parte, não só fui o primeiro a pensar nele, mas, também, quem conseguiu a doação da área de 5 hectares, junto ao empresário e meu amigo Parizotto", informa.

Entre as ações por Dourados, recorda-se também da Patrulha Mirim [que recentemente ressurgiu como Guarda Mirim], um projeto que, segundo ele, "fui no limite de minha capacidade para ajudar na sua implantação, apontando o bom caminho para centenas de adolescentes de nossa cidade".

Recursos para a construção do Conjunto Habitacional Izidro Pedroso, a doação do terreno e ajuda na construção da Escola de Língua Japonesa, e depois a intervenção junto a uma ONG japonesa para a construção da Casa do Estudante nipo-descendente, no Jardim Flórida I; doações pessoais para a construção da sede do Coral Guaraobi, próximo da antiga Rádio Clube de Dourados; o projeto para a retirada do presídio antigo de dentro da cidade, que causava transtornos aos moradores do Grande Flórida e a construção do Presídio de Segurança Máxima, a partir de estreita ligações com o então secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Orro; e os recursos para o recapeamento do trecho Dourados-Caarapó e também para o trecho Dourados-Ponta Porã, atendendo, à época, intensa reivindicação regional, são ações do deputado Takimoto.

Representatividade federal

Autor do projeto que institui a Loteria da Saúde, mediante o qual, o lucro auferido em cada município ficaria no próprio município "potencializando a saúde pública local", Takimoto diz que essa é uma luta difícil, mas não abre mão, observando que 'as maiores proezas da história foram conquistas do que parecia impossível', como dizia Charles Chaplin.

Lembrado, na Asssembleia Legislativa, como um dos deputados que mais tem apresentado propostas que contemplam não só Dourados, mas toda a região, Takimoto diz que propostas como a que vai permitir a conclusão do Frigorífico do Peixe [Dourados já tem o Núcleo de Pesquisa do Peixe na Embrapa e o Curso de Engenharia da Pesca na UFGD], para concluir a cadeia produtiva do peixe, atender aos piscicultores de tanques escavados e tanques-rede de Dourados até o Paranazão, o parlamentar defende a retomada da força política do Município no plano federal.

"Tenho trabalhado a proposta de implantação de usinas de plasma, para o lixo urbano. É o que há de mais moderno e sem custos para as prefeituras. O lucro da empresa se dá com a transformação do lixo em energia elétrica. Isso acabaria com os lixões a céu aberto de vários municípios", ilustra, para acrescentar que essas ações surtiriam melhor efeito na articulação de um deputado federal.

takimoto mesa

Takimoto articula com presidente da Assembleia, Junior Mochi, durante sessão

A região também precisa dessa transformação [apontando pontes de concreto para substituir as de madeira, bibliotecas públicas ambientais, uma Unidade da Embrapa para a Agricultura Familiar, laboratórios de Sementes e Viveiros de Mudas para o reflorestamento das matas ciliares, entre outras demandas], o deputado aponta que enquanto um deputado estadual conta com apenas R$ 6 milhões de recursos de emendas parlamentares, um deputado federal conta com nada menos do que R$ 60 milhões, "dez vezes mais".

"Por aí você vê o poder um deputado federal, no sentido de trazer recursos e possibilitar convênios para obras e programas entre aos governos municipais, estaduais e federais, além do que pode viabilizar, diretamente, junto aos Ministérios, que contam com dotações orçamentárias próprias", justifica, anunciando o desejo de concorrer a uma das vagas para a Câmara Federal.

Fazendo uma análise comparativa, cita o paradoxo de a Grande Dourados possuir o maior colégio eleitoral do Estado (cerca de 40 municípios) com a baixa - reforça "baixíssima, pífia..." - representatividade política, em Brasília, "razão pela qual os recursos para Dourados continuam tão minguados", mas ressalva que isso nem sempre foi assim. "Houve um tempo em que Dourados e região chegou a eleger três deputados federais, para uma única legislatura. Por isso, face aos recursos citados, é só multiplicar o que se tem hoje por três para ver o quanto perde Dourados e região, pela falta de deputados federais".

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