O pré-candidato do PDT à Presidência, o ex-ministro Ciro Gomes, decidiu nesta quarta-feira (6) polarizar com o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que lidera cenários da disputa pelo Palácio do Planalto, e criticou duramente a proposta dele de que não vai aumentar impostos e tampouco fará a taxação de grandes fortunas e heranças se for eleito.
"O líder nas pesquisas disse que não vai tributar? Então de onde virá o dinheiro? Vão entregar um cargo desses a um boçal despreparado? Nós, democratas, temos obrigação de extirpar este câncer enquanto ele ainda pode ser extirpado", atacou Ciro, durante sabatina com pré-candidatos ao Planalto realizado no jornal Correio Braziliense.
Em entrevista após o evento, Ciro manteve o tom das críticas e disse que conhece "esse personagem" e se sente na obrigação de ajudar as pessoas, "pouco importa o efeito colateral disso".
"O que os eleitores dele estão vendo por trás dessa mistificação grosseira que é muito própria do fascismo estriônico, ou veja lá como é que se comportava o Hitler, é que ele é uma negação da política", afirmou.
Ciro disse que Bolsonaro é da turma do Sérgio Cabral e do Eduardo Cunha, ambos do MDB e presos na operação Lava Jato, e destacou que o adversário não fez nenhum discurso denunciando em todo esse período o que chamou de "assalto" no Rio de Janeiro. Com reportagem do portal Terra