Ao avisar aos mais de 350 convidados presentes no primeiro Encontro Regional da série que organiza com vistas às eleições do dia 7 de outubro, realizado neste sábado (5), na Câmara de Dourados, que o cenário político no Estado só vai se definir após o Democratas decidir ‘pra onde vai’, o presidente do partido em Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith, anunciou que a legenda está pronta para ‘o enfrentamento’. A próxima reunião ampliada do partido deve ocorrer ainda neste mês em Três Lagoas.
Terminologia ‘adquirida’ dos chamados movimentos sociais, os mesmos que conseguiu arregimentar durante os dois mandatos, somados os seis anos em que administrou Dourados com o apoio das principais lideranças do PT no Estado, desde o ex-senador Delcídio do Amaral, até à companheira Dinaci Ranzi, que veio de Campo Grande para prestigiar o ato do Democratas na Câmara, o enfrentamento se resume a abrir conversações com todos os partidos que se colocam no jogo da sucessão, inclusive aqueles que já anunciam eventuais candidaturas.
Murilo disse que o Democratas agora é um partido pacificado. “Há um mês atrás, cada um tinha um projeto, agora temos um time unido, e nada será decidido sem a participação de vocês”, discursou o presidente regional, fechando o Encontro que trouxe a Dourados os deputados federais Mandetta e Tereza Cristina, os estaduais Zé Teixeira e Barbosinha, e dirigentes de quase todos os municípios da região.
Encontro do Democratas reuniu principais lideranças do partido no Estado em Dourados
“Não podemos decepcionar, e não vamos decepcionar”, anunciou o ex-prefeito de Dourados, reforçando o propósito original de manter os dois deputados federais em Brasília, duplicar a bancada na Assembleia Legislativa e se colocar como alternativa na composição de chapa majoritária. “Podemos disputar o Senado, o Governo..., o partido está pronto e qualificado para ocupar qualquer posição”, disse, “e eu posso garantir a vocês que a política de Mato Grosso do Sul não vai andar enquanto o DEM não falar para onde vai”.
Prosperidade
Murilo, que foi lançado candidato a senador pelo deputado Barbosinha e a governador pelo deputado Mandetta, evitou falar em cargos. Só disse que o time está unido e que tem prazos definidos, a partir de 20 de julho, quando começa o período para a realização das convenções, para manter os entendimentos com todos. Lembrou que o Brasil hoje tem 16 pré-candidatos a presidente, mas nenhum consegue passar de 15% nas pesquisas; não há um líder nacional despontando diante do quadro de incertezas provocado pela judicialização da política. Concluiu dizendo que o Democratas vai trabalhar para devolver a ‘prosperidade’ a Mato Grosso do Sul, condição, aliás, já utilizada, quando chegou pela primeira vez ao comando do maior município do interior do Estado.