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A função do vereador, o poder das concessionárias e outros leros

13 abril 2018 - 20h44

Como prioridade inescusável, cabe ao vereador representar o contribuinte municipal ouvindo suas reivindicações, e também, com absoluta preferência, atendê-los, porque é com os impostos que ele (o munícipe) paga, que a “Maquina municipal” funciona ou pelo menos finge!

Vejamos: as calçadas de Dourados é uma vergonha: decoradas com lixo, galhos, restos de construção, mato, desníveis, obstáculos, buracos e outras barbaridades inconcebíveis. Esses pavimentos destinados aos pedestres, exigem-lhes que andem com os olhos pregados no chão, para não levar um tombo.

O desarranjo, o abandono, o descalabro, a ausência de qualquer preocupação em reparar e limpar as calçadas, em Dourados, ganha qualquer concurso. O DESCALABRO começa no centro — na zona nobre da cidade — e irradia-se como os raios do sol, para que todos vejam, avaliem, sintam na pele o desconforto e cuidem-se para não tropicar ou cair num buraco.

A pavimentação das ruas, por seu lado, apresenta-se razoável nalguns trechos e tenebrosas em outros, onde os buracos marcam maciça presença e acomodados, sem pressa, aguardam as providências da Prefeitura. O Governo do Estado, onipresente em vários pontos da cidade, entestado por vistosas placas, vem recuperando alguns trechos da malha viária, mas suas placas, pelo conteúdo informativo, parecem dizer que o Governador está fazendo o serviço com seu próprio dinheiro, quando sabemos que apenas cumpre sua função, com os impostos cobrados.

O vereador, individualmente, tem o inarredável dever de ofício de ouvir o munícipe. Sendo plausível e exeqüível a sugestão ou o pedido que lhe faz, sem sofisma ou lero-leros, justificando sua função remunerada, deve atendê-lo levando a reivindicação ao plenário para apreciação, se necessário, ou diretamente a quem responde pelo setor. E mais importante: verificar se o atendimento à pretensão do contribuinte foi feito. Não adianta apenas encenar; precisa efetivar o serviço.

Quanto as concessionárias, ganha o Oscar a SANESUL! Para atender um garapeiro, cavou uma valeta na pavimentação da rua, bem defronte à Delegacia Regional de Polícia, na rua João Cândido da Câmara. O passeio ela já remendou com massa 10 x 1; a valeta que toma toda a largura da rua, foi remendada sem pressa. Esses remendos sempre são demorados e sofríveis, como de costume. Confira na rua Antonio Emílio de Figueiredo, na confluência com a rua João Cândido da Câmara, onde deixaram um rebaixamento no remendo feito no meio da rua, que divide as águas com a sarjeta.

Diante dessa “gloriosa providência” da SANESUL, é plausível e lógico perguntar: — É razoável danificar a pavimentação urbana, que o proprietário do imóvel fronteiro pagou como Contribuição de Melhoria, para favorecer um garapeiro com sua “fita” edificada no canteiro central, livre de qualquer ônus?

E mais: — Quem autorizou a “obra”? Acredita-se que a Prefeitura não foi, porque ela não tem dado nem conta dos buracos que se multiplicam, por que autorizaria mais um, para favorecer uma invasão numa área pública de uso comum, quando metade dos imóveis da cidade estão enfeitados com uma placa “ALUGA-SE” e muitos deles, próprios para a instalação de garapeiros.

A concessionária danificou uma via pública de trânsito intenso, sem qualquer cerimônia, em benefício de um “pedido particular”. O que a SANESUL poderia argüir para justificar o “serviço”?

Comenta-se, também, o desempenho das concessionárias dos serviços FUNERÁRIOS. O abandono do cemitério municipal, tomado pelo mato e com sepulturas abertas, exibindo restos de ossadas humanas, num deprimente e acintoso desrespeito àquele irmão ali sepultado.

Assim expostos os problemas, entende-se que os Vereadores devem conscientizarem-se da função pública que exercem, e ouvir o que a comunidade deseja. Exemplificando: deseja que a circular chegue até a Estação de Embarque do Aeroporto, para atender os passageiros; deseja que os canteiros centrais sejam utilizados para estacionamentos.

Caminhamos por “calçadas” abaixo da critica, embora o custo para a Prefeitura é só a exigência legal. Olhe-se no espelho e diga o que está vendo: seria um idiota sorrindo?

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras.
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